O vereador por Goiânia, Romário Policarpo (PTC) concedeu nesta terça-feira (22) uma entrevista exclusiva à Rádio 730. Em pauta, o andamento dos trabalhos na Comissão Especial de Inquérito (CEI) do transporte coletivo.

Além de discutir melhorias no transporte, a Comissão também debate a criação do Fundo Estadual do Transporte, que visa a subsidiar melhorias que seriam aplicadas no serviço por meio de arrecadações de diversos órgãos do Estado.

A criação do Fundo, no entanto, divide opiniões já que os recursos continuariam a ser repassados para as empresas.  Romário Policarpo, um dos defensores do Fundo, diz que a inciativa é necessária para reduzir o preço da passagem na capital.

“Nós estamos criando esse Fundo para subsidiar o serviço. O Estado subsidia o passe estudantil, mas as empresas alegam que não estão recebendo esses recursos. Então, nós estamos criando esse Fundo para que o cidadão não pague mais”, justifica Policarpo.

Atualmente a passagem está custando R$ 3,70 em toda a região metropolitana. O vereador defende o fim dessa tarifa única e propõe um novo modelo de cobrança. “Não é justo que alguém que mora em Goiânia e anda dois ou três quilômetros de ônibus pague o mesmo valor que alguém que percorre 60 km. Obviamente quem anda mais tem que pagar mais. Esse sistema de tarifa única é inviável”, argumenta o petecista.

Ainda segundo Romário Policarpo, mesmo prevendo uma cobrança maior para o usuário que percorre distâncias mais longas, o novo modelo não penalizaria a população mais pobre. “O que a gente defende também é que as outras cidades também invistam no transporte coletivo. Eu sou vereador por Goiânia. Não é justo que Goiânia banque o transporte de toda a região metropolitana”.

Além de Romário Policarpo, fazem parte da CEI do transporte coletivo os vereadores: Clécio Alves (PMDB) – presidente; Paulo Daher (DEM); Anselmo Pereira (PSDB), Sargento Novandir (PTN); e Alysson Lima (PRB).

A previsão é de que a CEI seja encerrada no próximo dia 30 de agosto, quando será apresentado um relatório contendo as mudanças propostas pelos membros da Comissão. Na sequência, o relatório vai ser encaminhado para o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), onde ocorrerá a criação de uma Comissão Permanente para discutir o assunto e colocar em prática as mudanças necessárias até 2020.

Acompanhe a entrevista completa:

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