O presidente regional do PSD, Vilmar Rocha, avalia positivamente, no sentido jurídico e democrático, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que liberou a possibilidade de candidaturas isoladas ao Senado dentro de uma mesma coligação para a disputa estadual. Por outro lado, na avaliação política, o ex-deputado federal questiona a “conveniência” de se manter a divisão interna, como ocorre neste momento com o próprio PSD e outros três partidos na base aliada ao governador Ronaldo Caiado (UB).
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Ouça “#444: Vilmar defende candidaturas isoladas, mas questiona ‘conveniência’ em coligações” no Spreaker.Além do presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSD), a futura coligação caiadista já conta com pré-candidaturas de Alexandre Baldy (PP), Luiz do Carmo (PSC), Delegado Waldir e Zacharia Calil (ambos do UB). “Eu acho que, no ponto de vista político, o ideal é fazer uma coligação formal e não ter muitas candidaturas isoladas. Porque isso cria uma complicação muito forte na campanha. Vira uma briga entre um e outro, uma disputa, e isso atrapalha a campanha”, avalia o presidente do PSD em Goiás.
Vilmar retoma falas do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, e aponta que a articulação de candidatura única ao Senado “dá harmonia” à chapa majoritária. “Um candidato a governador com quatro candidatos a senador? Vai virar uma disputa, vai criar muitos problemas e virar uma desarmonia. Pode também confundir o eleitor. Quem está com quem?”, questiona Vilmar.
A propósito…
O abacaxi nas mãos de Ronaldo Caiado sobre a composição da chapa majoritária em meio à profusão de pré-candidatos ao Senado é um dos temas na edição #189 do PodFalar – primeiro podcast de política de Goiás, que está no ar!
Conversa
Como antecipado aqui, o presidente da Alego, Lissauer Vieira, mantém conversas com outras chapas para definir candidatura ao Senado, apesar da prioridade à articulação na base caiadista. O plano B pode ser a composição com a pré-candidatura do deputado federal bolsonarista Major Vitor Hugo (PL).
Encontro
No entanto, Lissauer não rejeita as recentes investidas do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota). Nesta terça-feira (28), inclusive, tem agendada visita ao prefeito da cidade, Vilmar Mariano.
Mediação
Vilmarzinho tem atuado como articulador de Mendanha com o objetivo de ampliar o leque de partidos que apoiam o ex-prefeito.
Indicados
A Câmara de Goiânia deve confirmar nesta semana os vereadores que formarão comissão para acompanhar a elaboração final do projeto de nova reforma do Código Tributário Municipal. A proposta já deixou a Secretaria de Finanças e segue em análise política e jurídica na Casa Civil.
Protocolar
O pedido da prefeitura para composição do grupo foi enviado ao Legislativo há uma semana, pela Secretaria de Finanças, mas só será lido em plenário nesta terça-feira (28). Não há limite para o número de participantes e a expectativa é que haja maior engajamento dos vereadores no detalhamento final da proposta.
Tramitação
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) deve votar nesta semana projeto que reajusta o valor das pensões vitalícias concedidas às vítimas do acidente radiológico com o Césio 137. A tragédia aconteceu na capital em 1987 e as pensões foram definidas pela Lei nº 14.226, de 8 de julho de 2002.
Reajuste
Segundo o texto proposto pelo deputado Major Araújo (PL), o valor seria reajustado para R$ 2.424 (no caso daqueles que hoje recebem R$ 800) e R$ 1.212,00 (para os beneficiários de R$ 400). Os valores são pagos, respectivamente, às vítimas que tiveram contato direto com o césio e aos que receberam radiação superior a 100 RAD.
Explique
“O reajuste se justifica na medida em que esses valores sofreram significativas perdas em decorrência da inflação, provocando grande impacto no poder aquisitivo dos pensionistas”, justifica Araújo.