O técnico do Vila Nova, Wagner Lopes, destacou na entrevista coletiva pós-classificação na Copa do Brasil, nesta quarta-feira (17), que o time “foi aguerrido e soube sofrer” contra o Atlético-BA. Para o comandante, a equipe baiana, quando joga em casa, traz o visitante para sair nos contra-ataques, o que sai das características do Vila.

Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, o Tigrão voltou melhor na etapa final e conseguiu fazer os gols da classificação. Na opinião de Wagner Lopes, a organização defensiva para encaixar a marcação possibilitou a criação dos espaços para o time marcar os gols.

“Nós estávamos com uma dificuldade de trocar passes, de circulação de bola e tirar da pressão. O time deles com 3 volantes fazia uma pressão muito rápida e praticamente dobrava, ou triplicava a marcação no homem da bola. Quando a gente conseguia sair dessa pressão inicial, tínhamos espaço para jogar. E foi isso que tentei passar no intervalo”, explicou Wagner.

Além de ter destacado a garra dos jogadores na classificação, o treinador também opinou que a determinação da equipe foi o diferencial e foi o que ele mais gostou na vitória, mas acredita que ainda é cedo dizer que o time pegou sua identidade.

“É muito pouco tempo de trabalho, eu prefiro dizer que temos um grupo excelente, de homens honrados que estão dando a vida pelo Vila Nova. Ainda temos muito trabalho pela frente. Estou muito feliz com a maneira como os jogadores encaram tudo que a gente pede, estão executando tudo com a melhor boa vontade possível. O mérito é todo dos jogadores”, destacou.

Bom início

Já são duas vitórias em dois jogos sob o comando de Wagner Lopes. O Vila marcou oito gols e não sofreu nenhum. Para o técnico, é mérito de todas as linhas, que começam a marcar desde o atacante.

“A interação do Georgemy com os dois zagueiros e laterais está muito boa. Os volantes à frente desta linha de 4 estão muito comprometidos a não tomar gols. Na verdade nosso time foi muito consistente, não só a defesa, mas a gente começa a marca com o atacante. Então não posso parabenizar somente a primeira linha ou a segunda”, explicou Wagner.

Paralisação do futebol

Classificado, o Vila voltaria a campo no próximo domingo (21) contra o Goianésia, fora de casa, mas o futebol em Goiás foi paralisado. Na coletiva, Wagner revelou que teme que o time perca ritmo de jogo, já que não terá treinamentos nos próximos dias.

“É difícil a gente mensurar isso, mas é claro que é uma situação ímpar. Então precisamos sentar, ver como vamos organizar tudo, mas se você ficar 14 dias sem treinar obviamente perde muito do condicionamento”, opinou.

Junior Kamenach é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do jornalista Johann Germano