De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 derrubou recordes climáticos em escala global. A informação está no relatório “O estado do clima em 2023” divulgado na terça-feira (19). A OMM ressaltou que os eventos extremos do ano passado tiveram impactos socioeconômicos massivos em todas as regiões do mundo.
Celeste Saulo, Secretária-Geral da OMM, disse que “jamais estivemos tão próximos do limite inferior de 1,5°C do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas”. O relatório indica eventos em relação aos gases do efeito estufa, as temperaturas do planeta e dos oceanos, elevação do nível do mar e mudanças na cobertura de gelo na Antártida e no Ártico.
Eventos extremos
A quantidade de gases que agravam o efeito estufa na atmosfera aumentou mais de 50% desde a revolução industrial. O efeito estufa retém o calor atmosfera e piora a cada dia mais com o aumento ou não redução de queima de carvão, petróleo e combustíveis fósseis em larga escala. No ano passado, por exemplo, a Terra registrou o dia mais quente do ano da história e houve uma sequência de ondas de calor agravadas pelo fenômeno El Niño e pelo aquecimento das águas do Atlântico Norte.
A OMM já havia anunciado que o recorde da elevação do nível do mar na ordem de 4,62 mm por ano entre 2013 e 2022. O fenômeno ameaça as cidades costeiras e os países insulares em todo o mundo. Além disso, o aquecimento global que é agravado pela retenção do calor do sol na atmosfera é uma das principais causas para a elevação do nível do mar e para o aquecimento dos oceanos. Esse aquecimento, por sua vez, é então a principal causa do derretimento de gelo na Antártida e no Ártico.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.
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