Entre os setores mais modificados desde a paralisação do Campeonato Goiano, o ataque foi a área onde mais a diretoria do Vila Nova mexeu. Além de Kauê, quando a bola ainda rolava no Onésio Brasileiro Alvarenga, também saíram Dimba, Nando, Matheus Criciúma, Rafael Barbosa e, por último, Lucas Silva.

Emprestado ao Água Santa, que tem mais duas rodadas para disputar no Campeonato Paulista, o atacante de 26 anos tem a missão de ajudar seu novo clube para evitar o rebaixamento e buscar o acesso para a fase final. Em Diadema, estará emprestado até o final da participação do time no torneio.

Considerado um dos principais jogadores do elenco colorado, tendo participado de 11 das 12 partidas disputadas pelo Vila Nova na temporada, Lucas Silva foi cedido temporariamente em novo período de inatividade da equipe, que suspendeu os treinos após o último decreto dos governos estadual e municipal.

Se a diretoria julga que o empréstimo do atacante é uma oportunidade de colocá-lo em destaque em uma competição valorizada, além da chance de formar mais uma boa relação com o futebol paulista, os comentaristas da Sagres divergiram sobre o negócio. Para Tim, “vejo o lado positivo maior do que o negativo”.

“Primeiro, o Vila economiza com dois meses de salário e, nesse momento de crise, qualquer economia é bem-vinda. A outra, a vitrine que o jogador terá. Disputar o Campeonato Paulista, por menos jogos que ele faça, pode ser uma diferença em uma negociação futura e o Vila ainda por ganhar dinheiro com esse jogador. E não passa de um empréstimo: daqui a pouco o Lucas Silva volta e ainda ajuda o Vila na Série C”, completou.

Cleber Ferreira, por outro lado, não vê “nada de interessante nesse negócio. Primeiro, porque o jogador deixa de treinar com o time e fica sem ritmo com os demais jogadores quando o Vila precisar dele. Segundo, porque não vejo tanta visibilidade no Água Santa, mesmo estando em São Paulo. Não promoverá o jogador com capacidade para gerar um bom negócio como quer o presidente Hugo Jorge Bravo. Acho que o Vila errou”.

Já Evandro Gomes ressaltou que “o negócio pode ser bom no ponto de vista do Água Santa não se classificar, e o Lucas volta. Todavia, se classificar, o Lucas fica mais um mês por lá. O Vila não tem ataque e, começando a Série C, contrataria outros jogadores para formar seu setor ofensivo? A menos que haja um acordo entre Vila Nova e Água Santa para que alguns jogadores de lá possam vir reforçar a equipe colorada”.