O termo Metaverso tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos por todo o mundo. Em 2021, o Facebook anunciou o objetivo de tornar-se uma “empresa de metaverso” em até cinco anos e, com isso, mudou seu nome para Meta. Isso gerou curiosidade sobre esse mundo virtual por se tratar de um conceito pouco conhecido pela população em geral.

Contudo, o Meta está muito mais presente no dia a dia da sociedade atual do que se imagina. Na série de matérias realizadas pelo Sagres Online você irá perceber que existem muitas aplicações que já estão presentes em nossa rotina nos mais diversos setores.

Mas afinal…

O que é o Metaverso?

Trata-se de uma fusão da realidade com o mundo virtual. Na prática, é um ambiente virtual imersivo, com experiências, influências e elementos da vida real. Esse ambiente é constituído por uma união de tecnologias, como Inteligência Artificial (IA), Realidade Virtual, Realidade Aumentada e hologramas. 

Nessa realidade, as pessoas podem interagir entre si, por meio de avatares (bonecos virtuais customizados) 3D. Além disso, podem trabalhar, estudar e ter uma vida social dentro dessa sociedade virtual e completamente digitalizada. Ou seja, o princípio do Meta é que os indivíduos não apenas sejam observadores do mundo online, mas façam parte dele.

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Como surgiu?

Pode parecer algo completamente novo, mas o termo surgiu por volta da década de 1990, na literatura de Cyberpunk. 

A obra ficcional de Neal Stephenson,“Snow Crash”, foi publicada em 1992. Ela conta a história de Hiro Protagonist, personagem que na “vida real” é um entregador de pizza, mas no mundo virtual – chamado na história de metaverso – é um samurai. 

Com a evolução da tecnologia, o tema volta a ganhar holofotes nos anos 2000. Jogos de videogame e livros de ficção científica, passam a citar o Metaverso como forma de escape da realidade. 

A possibilidade de criar um novo indivíduo (os avatares) e viver uma vida diferente do mundo real se torna a premissa de jogos como Second Life (2003); Roblox (2006); Minecraft (2011); Grand Theft Auto Online (2013) e Fortnite (2017).

Cada um com suas histórias, temáticas, objetivos e missões, possuem algo em comum: a possibilidade de criar um avatar e viver uma “nova” vida.

No entanto, a proposta do metaverso vai além dos jogos online. A ideia é que todos os aspectos da “vida real” da pessoa – lazer, trabalho, relacionamentos, estudo e outros – sejam permeados de forma imersiva pelo digital e vice-versa.

Experiência de sensações no Metaverso (Imagem: Envato)

Existem malefícios?

Muito se fala sobre os riscos acerca do Metaverso. A verdade é que eles estão muito relacionados a possíveis golpes, violência e à saúde mental, já que não se sabe ainda se haverá regulamentações e formas de aplicar efetivamente a legislação.

Dessa forma, a interação entre crianças e adultos se dará de forma desenfreada, possibilitando a ocorrência de assédios – morais e sexuais. O encorajamento para os agressores poderá ocorrer por conta do anonimato, ao se esconderem atrás de seus avatares.

O ambiente coletivo virtual ainda pode se tornar um espaço de projeções pouco saudáveis. Isso porque um dos apelos é poder criar seu próprio avatar 3D, seja representando a si mesmo ou criando um personagem fictício. Sendo assim, haverá risco de distorções de imagem para poder projetar uma “vida perfeita” e, consequentemente, impactar o psicológico desses usuários.

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E os benefícios?

Contudo, o Metaverso possui diversos aspectos que somam na sociedade atual. O maior dos benefícios é trazer mais realidade ao mundo virtual. O planeta se torna cada vez mais conectado e, através do Metaverso, as pessoas que estão em continentes diferentes podem ter interações sociais mais próximas e mais realistas.

Esta também é uma oportunidade de investimento, podendo ser convertida em venda de terrenos virtuais ou mesmo compra de produtos exclusivos de marcas de alto valor, feitos particularmente para os avatares. Nesse sentido, a propriedade no mundo virtual é garantida por NFT’s (Token não fungível – um tipo especial de token criptográfico que representa algo único), que, por fim, servem para registrar e negociar propriedades e itens virtuais.

Avatar criado no Metaverso (Imagem: Envato)

Sendo assim, o Metaverso ainda vem como uma infinita possibilidade de aplicações e modernizações para atividades do dia a dia. E faremos uma sequência de reportagens para mostrar algumas das aplicações e pontos positivos de se incluir a realidade virtual para dentro da sociedade.

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