O imbróglio envolvendo Flamengo e Rede Globo ganhou forças a partir do dia 18 de junho, quando o presidente Jair Bolsonaro assinou a Medida Provisória 984/2020 e alterou algumas regras da Lei Pelé e do Estatuto do Torcedor. O principal é o direito de transmissão das partidas de futebol no Brasil, permitindo agora que o time mandante comercialize o televisionamento sem a concordância do visitante.
O movimento se expandiu e 16 clubes que disputam o Campeonato Brasileiro da Série A se uniram em um manifesto denominado “Lei do Mandante”, entre eles Atlético-GO e Goiás. No texto compartilhado pelas equipes estão as explicações para que a MP 984 se torne uma lei de democratização dos diretos de transmissão.
Mesmo com esse posicionamento, rubro-negros e esmeraldinos ainda têm contrato com a Rede Globo. Em seu perfil oficial no Twitter, o Dragão reiterou o vínculo com a emissora pelo próximos cinco anos. “O Atlético Clube Goianiense vendeu os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro Série A para Rede Globo até 2024. Todos os direitos de transmissão pertencem à emissora e iremos honrar o compromisso com o Grupo Globo, que tem sido nossa grande parceira no futebol!”, destacou a publicação.
Logo em seguida foi a vez do presidente Adson Batista se manifestar sobre a relação com a TV. “O Atlético Goianiense apoia a Medida Provisória 984/2020, que dá maior autonomia aos clubes para negociar os direitos de transmissão dos jogos. Porém, respeitamos também os vínculos assinados anteriormente e iremos cumpri-los com total rigor”, afirmou o dirigente do Dragão.

 

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Por que os Clubes apoiam a MP 984 e a criação da Lei de Democratização das Transmissões de Futebol 1⃣ Porque o torcedor é diretamente beneficiado. A MP acaba com os “apagões”, isto é, os jogos sem nenhuma transmissão, que ocorriam quando um canal tem o direito de um time e outro canal tinha o direito do outro. A situação anterior impedia, por exemplo, que mais da metade dos jogos do Campeonato Brasileiro fossem exibidos na TV fechada. Com mais partidas sendo exibidas, teremos um futebol mais democrático, mais acessível e mais barato. 2⃣ Porque ela empodera os clubes a negociar seus direitos e incentiva a união entre as equipes. Esse formato prevalece nos principais mercados de futebol do mundo. O Brasil está pronto para esse passo libertador, que certamente será o ponto de partida para outros aprimoramentos. Com a MP, quanto mais os clubes estiverem unidos, mais vão ganhar. 3⃣ Porque a concorrência vai aumentar. O modelo que vigorava no Brasil gerou concentração do futebol nas mãos de poucos investidores. Consequentemente, não alcançou todo o seu potencial e ainda gerou distorções no seu modelo de distribuição. A MP viabiliza a entrada de novos investidores no mercado, sem afastar os atuais, aumentando a disputa. E isso é bom para os clubes e melhor ainda para o torcedor. 4⃣ Porque devemos seguir o exemplo de quem fez e deu certo. A legislação anterior tinha mais de 50 anos e não refletia uma forma moderna de negociação dos direitos esportivos. A ampliação de investimentos gera aumento de receitas para os clubes, viabilizando a manutenção dos nossos craques por mais tempo no país, além do investimento em estrelas internacionais. EM RESUMO Os torcedores ganham com o fim dos apagões de jogos, com mais craques em campo e com um melhor espetáculo no Brasil. Os clubes ganham com mais liberdade e receitas. E o país ganha com os clubes mais sólidos financeiramente, maior geração de empregos e crescimento de impostos pagos aos governos. Por todas estas razões, APOIAMOS a MP 984/2020 e pedimos a sua CONVERSÃO imediata em Lei! #PelaLeiDoMandante #RespeitaAsCores

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Em entrevista à Sagres 730 no início do mês, o presidente executivo do Atlético já havia expressado o interesse de uma mudança na forma como os direitos de arena são negociados. Adson Batista chegou a citar os modelos praticados no Campeonato Inglês. Clique e confira.