Em entrevista à Sagres, nesta segunda-feira (6), o senador Vanderlan Cardoso (PSD) endossou as críticas do ex-prefeito de Goianésia, Renato de Castro (DEM), ao pré-candidato a vice-governador de Goiás e presidente do MDB estadual, Daniel Vilela. Durante a entrevista, o senador declarou que a insatisfação motivada pela escolha de Ronaldo Caiado (DEM) deve se intensificar e que o nome do emedebista não se sustentará na condição de vice. “A frigideira já está com óleo bem quente, só falta fritar”, disse Vanderlan.

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Para o político, a maneira como foi feita a escolha, “sem diálogo”, é um dos motivos para esta “crescente insatisfação”. “O governador [Ronaldo Caiado] apostou muito no ex-prefeito e ex-governador de Goiás Iris Rezende, que é uma liderança incontestável, mas, infelizmente, aconteceu o que aconteceu. E, agora, Daniel Vilela está agregando o que no projeto com o governador?”, questionou o senador.

Vanderlan detalhou que acredita que Caiado precisará de um vice-governador mais próximo de Iris Rezende e sugeriu a filha do ex-prefeito como pré-candidata. “A Ana Paula Rezende seria a melhor opção hoje de vice do governador. Tem o sobrenome do Iris e esteve mais próxima, então ela agregaria muito mais do que Daniel Vilela”.

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Ainda sobre a decisão antecipada de Caiado em relação ao cargo de vice-governador, Vanderlan afirmou que não tem mais o mesmo entusiasmo de antes com a reeleição do governador. “Acredito no projeto, mas essa confiança vai ter que ser reconstruída novamente”, reforçou o senador.

Cenário nacional

Alinhado ao presidente da República Jair Bolsonaro (PL), Vanderlan disse esperar a decisão do partido a respeito de uma possível candidatura própria para a presidência em 2022. “O PSD tendo candidato nós vamos acompanhar. Agora, a terceira via, todos sabem que se não tiver a união em torno de um nome, é muito difícil de se viabilizar. Mas são muitas especulações, então o momento é de cautela”.

Economia

Uma das preocupações do senador para o próximo ano é a economia. Vanderlan citou que a inflação tem assustado os empresários, pois dificulta investimentos e diminui o poder de compra do trabalhador. Além disso, ao declarar que Brasil é o país da agropecuária, mostrou apreensão.

“Eu vejo que no agro as contas podem não fechar mais já que os fertilizantes, adubos, o óleo diesel, os combustíveis dispararam de preço. Então, todo aquele ganho que o produtor teve com o aumento das commodities com o preço internacional, ele tende a perder muito disso agora em 2022. E um dos problemas que estamos vendo é o preço alto das commodities com a falta do produto. As contas não fecham mais”, lamentou o senador.

Assista à entrevista no Sagres Sinal Aberto: