O governador Ronaldo Caiado (DEM) voltou a confirmar Daniel Vilela como pré-candidato a vice-governador para a disputa da reeleição em 2022, durante discurso no encontro regional do MDB, realizado neste fim de semana, em Anápolis. A definição é retomada depois de críticas ao presidente do MDB direcionadas pelo caiadista mais insatisfeito com a aliança: ex-prefeito de Goianésia, Renato de Castro (DEM), que sugeriu a troca de Daniel pelo nome da filha de Iris Rezende, Ana Paula Rezende, até as convenções, em julho do próximo ano. A posição passou a ter apoio do prefeito de Catalão, Adib Elias (Podemos).
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No discurso no último sábado (4), Caiado utilizou as críticas à gestão passada, do PSDB, para apontar compromisso com o futuro de Goiás, sem espaço para retrocessos, segundo ele. “Eu tenho a responsabilidade hoje de vocês saberem como governar o estado. Eu tenho que saber também com quem esse estado vai continuar. Para onde esse estado vai. Isso significa, Daniel, que nós não podemos resgatar o estado de Goiás, levar ao patamar de excelência, para depois as pessoas quiserem voltar para assaltá-lo, como fizeram durante 20 anos no governo passado”, apontou.
O governador ainda afirmou que “não se ganha eleição antecipadamente”, em referência à disputa pelo governo que deve contar com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), além de nome tucano e outro bolsonarista. Já Daniel Vilela apontou “convergência” com Caiado, desde quando o enfrentou, na eleição passada. “Disputamos as eleições de 2018, mas tínhamos uma convergência de que era preciso dar um basta na política perniciosa, ultrapassada e corrupta que governava Goiás ao longo de 20 anos”, discursou.
Pergunta
Com tom de críticas à gestão tucana, Caiado questionou: “Nós temos que perguntar a eles. São 20 anos de governo que eles tiveram. Nós estamos com 2 anos e 11 meses de governo. Onde é que está o dinheiro da Educação, da Saúde, no apoio à Segurança Pública? Goiás saiu dos escândalos. Ninguém vê Goiás hoje como manchete de Jornal Nacional simplesmente por corrupção, por desvio de dinheiro público, por negociatas”.
O retorno?
Também neste fim de semana, o PSDB realizou encontro regional em Sanclerlândia e adotou tom de convocação para que o ex-governador Marconi Perillo se torne pré-candidato a governador em 2022. Marconi discursou com entusiasmo, mas prefere manter suspense sobre a possibilidade de enfrentar Caiado diretamente.
Pedidos
O evento contou com banner com a foto de Marconi e os seguintes dizeres: “Queremos despertar Goiás com a sua candidatura, porque sabemos de sua capacidade de gestão. Consegue dialogar com as pessoas”.
Falando em conversa…
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, deve definir sua filiação no prazo final: dia 2 de abril. Sem partido desde setembro, quando deixou o MDB, o prefeito de Aparecida avalia convites do PL, Podemos, PSB, PSC, Patriota, PSDB e Republicanos.
Entrega
O Governo de Goiás realizou, neste domingo (5), a entrega dos primeiros brinquedos do programa Natal do Bem. Em evento realizado no Ginásio Goiânia Arena, na capital, famílias em condições de vulnerabilidade foram recebidas para a distribuição de carrinhos, bonecas e bolas.
Meta
A ação do Governo de Goiás vai entregar, ao longo do mês de dezembro, 500 mil brinquedos em todos os 246 municípios goianos.
Inelegível
A Justiça Eleitoral tornou inelegível por oito anos o governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), e também cassou os mandatos da prefeita de Gurupi, Josi Nunes (PSL), e do vice-prefeito, Gleydson Nato (PTB). Cabe recurso à decisão.
Motivo
A decisão é do juiz Nilson Afonso da Silva, da 2ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO), e foi publicada no último sábado (4), reconhecendo à inelegibilidade dos três políticos. Eles teriam utilizado o aparato público em benefício dos candidatos de Carlesse à prefeitura de Gurupi, Região Sul do Tocantins, nas últimas eleições municipais.
Argumentos
O juiz aponta que Carlesse teria praticado abuso de poder político e abuso de poder econômico nas eleições. O governador teria cedido servidores públicos do Estado em prol da candidatura Josi Nunes. Outro apontamento do juiz é de que membros da Secretaria de Estado de Comunicação fizeram parte da coordenação de marketing e produção de propaganda eleitoral da campanha de Josi e Gleydson.
