No último domingo (12), o presidente executivo do Vila Nova participou do programa PUC TV Esportes do PUC TV, e abordou diversos assuntos sobre os primeiros dias de preparação do time colorado para a temporada de 2020. Neste ano, o Tigre terá pela frente o Campeonato Goiano, a Copa do Brasil e também o Brasileirão da Série C em seu calendário.

Durante a entrevista, o dirigente respondeu perguntas sobre diversos assuntos, principalmente sobre o atacante Erick, revelado no clube e que foi negociado com os Emirados Árabes, sobre as reformas do Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga que deve receber as partidas do colorado nas três competições e também sobre as receitas que terá para este ano.

Hugo Jorge Bravo (Foto: Reprodução/PUC TV)

Por que os valores da transação do Erick não foram divulgados?

“O caso do Érick não teve os valores divulgados porque não assinou o contrato ainda, ele está passando por exames e deve ter o contrato assinado nesta semana. O jogador está sendo negociado e eu já adianto que não são valores tão expressivos porque a gente entende que devemos aproveitar essa oportunidade de colocar o Érick nesse mercado árabe que é um mercado pro perfil dele para ganharmos futuramente”.

“O Vila Nova foi procurado por um intermediário desse clube que nos fez a proposta e a gente entendia que era o momento de abrir essa porta no mercado árabe. Apesar do talento do Érick, ele fez 27 jogos no ano passado, teve essa dificuldade na questão dos gols e querendo ou não o mercado em qualquer lugar do Planeta essa questão dos números são importantes na questão da valoração do atleta, então a gente vai com a possibilidade de ganho futuro. É um jogador que a gente entende que tem muito potencial”.

O Erick é o reflexo da base do Vila Nova ou da transição da base para o profissional?

“A base foi desfacelada, e essa questão da transição foi mais pela incompetência dos atletas que vieram. Eu fui diretor de futebol nessa reta final porque atribuiu a ele essa questão de decidir quando tinham outros atletas que deveriam decidir dentro de campo. Ele entrou em um momento de muita dificuldade, momento que a nuvem negra estava instalada no Vila Nova, as coisas não aconteciam, problemas de salários atrasados e o atleta querendo ou não se pressionou bastante. Foi alvo de críticas da torcida e a gente sentiu que era o momento dele sair justamente por isso, por ser um atleta que a gente vê potencial mas que aqui já não tinha um ambiente tão favorável para a evolução dele”.

Como está a situação do Onésio Brasileiro Alvarenga? A segunda rodada contra o Jaraguá, o Vila Nova joga lá?

“Nós estamos fazendo uma força tarefa pela equipe que cuida do patrimônio do clube, pessoas que estão trabalhando dioturnamente para que o OBA tem condições já para o dia 25. Temos a questão dos alvarás que está em processo de regularização, temos uma pendência em relação a alguns projetos e estamos trabalhando incansavelmente para superar esses problemas que já deveriam ser solucionados, mas estou confiante que no dia 25 já estaremos jogando na sua casa, casa do Vila Nova em pelo menos 80%, 90% dos jogos em 2020, quiçá 100% das partidas”.

Quais laudos estão faltando?

“O alvará da vigilância sanitária, os laudos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Nós já estamos fazendo todas as readequações necessárias, o que ainda pode ter uma certa dificuldade é a questão dos Bombeiros tendo em vista a necessidade de um projeto de incêndio que o clube não tinha ainda concluído e nós acertamos com esse profissional que já havia sido contratado todas as pendências, e esperamos dar entrada nesse processo que já iniciou ainda esta semana e estar regular nessa partida contra o Jaraguá”.

O que está sendo feito no OBA neste momento?

“Reforma nos alojamentos das categorias de base, estamos reformando os quartos que serão novamente a concentração, a sala de convivência da concentração, fazendo uma sala de estudo para as categorias de base, promovendo as reformas necessárias no próprio estádio, processo de pintura. Na frente estamos trocando a fachada de bilheteria, retiramos o conteiner que foi incendiado, na entrada pela rua de trás nós vamos melhorar aquele aspecto dela e neste primeiro momento são as ações que nós estamos trabalhando”.

O que você não conta de antecipação de receita? 

“O Vila Nova não conta com o dinheiro da primeira fase da Copa do Brasil e a cota de televisão do Campeonato Goiano já está prejudicado. Neste momento nossa receita são patrocinadores, buscando negociação de atletas, algumas antecipações que possamos fazer no mercado através de recursos, cessão de direitos econômicos, e trazer investidores, nós vamos ter que nos virar”.

Vocês trabalham com a ideia de uma folha salarial de quanto para disputar o Campeonato Goiano?

“Isso eu me reservo no direito de não falar, mas eu garanto que a nossa folha deve ser mais ou menos a quinta folha do Campeonato Goiano. A tendência é aumentar no transcorrer do ano, à medida que as coisas forem acontecendo a gente ir aumentando. A minha preocupação é manter tudo em dia. Quando nós fomos campeões da Série C, nós tínhamos 30% da folha salarial do Fortaleza que não subiu. Pela informação que nós temos o Atlético subiu com a folha salarial menor do que a que o Vila caiu, então propriamente essa questão de valor não é uma questão que vai determinar o sucesso e o fracasso. A gente começa com os pés no chão, uma folha modesta para podermos cumprir com nossas obrigações”.