Foto: Dili Zago/Sagres On

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O presidente da Associação Pró-desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Otávio Lage, conhecido como “Otavinho”, disse em entrevista à Sagres nesta segunda-feira (11) que a tensão entre empresas e governo por conta dos incentivos fiscais foi atenuada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer Vieira (PSB). 

“A tensão diminuiu. A ação, acho que muito importante, do presidente Lissauer [Vieira], que é uma pessoa muito equilibrada, diga-se de passagem, que procura o consenso. A ação dele fez com que houvesse mais diálogo. O próprio Humberto Aidar, à medida que ele foi vendo e conhecendo as empresas, os presidentes que foram ali, nós mesmos que participamos da CPI, acho que ele foi sentindo que realmente não houve nada de errado com os incentivos fiscais. Foram feitos todos os contatos dentro da lei, ele reconhece isso”, afirma. 

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Os depoimentos de empresários acerca dos incentivos fiscais na CPI tiveram início no último mês de junho, depois de meses de prazo regimental dedicados à busca por informações junto à Secretaria de Economia. Otávio Lage, no entanto, teme pela redução dos benefícios, prejuízo patrimonial das companhias e insegurança jurídica. 

“Havia uma intenção por parte do governo de fazer com que alguma coisa dos incentivos fiscais fossem reduzidas. E a gente está sentindo isso. Na medida em que foram votadas matérias que penalizou fortemente a Novo Mundo, matérias em que penalizou fortemente o grupo Ipera, que veio para Goiás, instalou aqui várias empresas na área industrial que tinha fora do estado. A gente fica chateado, porque quando o empresário acredita no estado, vem para cá, faz o seu investimento e depois disso tem um corte do seu benefício, é realmente uma quebra de segurança jurídica, uma quebra de contrato, dá uma insegurança jurídica muito grande, e as empresas, muitas delas, têm até ação em bolsa, isso prejudica o valor patrimonial da empresa”, enumera. 

Um dos setores que mais preocupam quando o tema é redução dos incentivos é o das montadores de automóveis, que se instalaram no estado nos últimos anos. 

“Goiás hoje não é mais o estado mais competitivo. Nós temos problemas setoriais em alguns segmentos industriais. Por exemplo, o segmento automobilístico. Ele não tem competitividade de ficar aqui em Goiás se não tiver incentivo fiscal”, argumenta. 

Etanol anidro

Outro ponto de tensão entre empresários e governo é em relação à produção de etanol anidro. As usinas do setor sucroalcooleiro em Goiás podem deixar de produzir o combustível caso não seja mais concedido crédito outorgado de ICMS incidente sobre a comercialização do produto. 

“É um produto renovável, um combustível renovável. Ele tem suas vantagens para o meio ambiente, violentas. Então a gente sabe que Goiás poderá crescer nessa área se tiver bom senso. Agora, quando se quer mudar, tem que mudar daqui para frente, e não no que já está feito”, conclui.