Foto: Sagres On

Se as equipes goianas vão bem no Campeonato Brasileirão da Série B 2018, não se pode dizer o mesmo da qualidade no fornecimento de energia das praças esportivas nas quais jogam Atlético, Goiás e Vila Nova.

Só neste Brasileirão, ao menos uma vez cada um dos times teve problemas com o fornecimento de energia nos estádios onde mandou jogos na competição, em menos de dez dias. O diretor de Infraestrutura Esportiva e Turística da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) Itamir Campos, que administra os Estádios Serra Dourada e Olímpico, disse em entrevista ao repórter Rafael Bessa, da Sagres 730, que os apagões foram causados por questões distintas.

“É uma situação que a gente tem que discutir junto à Enel, que é a fornecedora de energia. Mas são casos distintos. Não respondo pelo Accioly, não posso dizer o que aconteceu lá. No Estádio Olímpico foi uma deficiência nossa, houve um superaquecimento em uma das torres e ela cortou esse fornecimento. No Estádio Serra Dourada foi o fornecimento de energia da região, fornecida pela Enel”, explica.

Apesar das quedas de energias nos dois estádios administrados pela Agetop, Itamir Campos assegura que, em ambos, os geradores estão à disposição para garantir que haja a continuidade da partida, caso seja interrompida por falta de luz. “Se nós precisarmos, temos geradores que suportam fazer tranquilamente uma partida inteira de futebol”, garante.

No entanto, o dirigente não descarta que novos apagões possam ocorrer. “É uma situação que pode ocorrer em qualquer estádio. Não seria o Serra Dourada já com seus 45 anos poder ser o único em que nunca acontecesse. Já aconteceu e pode acontecer novas vezes. Isso não é uma deficiência nossa, é de fornecimento de energia, e não de falta de estrutura”, complementa.

Em resposta, a Enel informou por meio de nota que “uma falha em um equipamento de proteção causou uma queda de energia, de aproximadamente 20 segundos, no Estádio Serra Dourada”, e que “o restante do tempo pode ter sido ocasionado por defeito interno”.

Com apagão, goianos não venceram; relembre

No caso do Dragão, no jogo contra o Juventude pela 28ª rodada no dia 18/09, a partida foi realizada no Novo Antônio Accioly, que é de propriedade e responsabilidade do clube, ficou paralisada por 53 minutos e quase precisou ser adiada. Coincidentemente, o episódio se deu na primeira derrota do rubro-negro após a reabertura do estádio. A diretoria atleticana disse que se tratou de um problema no gerador que alimentava os refletores.

O Goiás teve problemas no confronto com a Ponte Preta na mesma rodada, só que no Estádio Olímpico, no dia 21/09. Aos 47 minutos do segundo tempo, o jogo foi interrompido por queda em uma das torres, mas o árbitro conversou com os jogadores e deu prosseguimento à partida, mesmo com a iluminação um pouco prejudicada. O placar ficou em 2 a 2.

Já o Vila Nova enfrentou a falta de luz contra o Guarani na última sexta-feira (28), pela 29ª rodada, no empate em 1 a 1 com o Bugre. O jogo foi interrompido por 27 minutos. A queda de energia não foi apenas no Estádio Serra Dourada, mas em toda a região.