O Atlético Goianiense recebeu o Internacional no Estádio Olímpico, em jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil e foi derrotado por 2 a 1. Após a partida, Adson Batista, presidente do clube, revelou que quase foi retirado do estádio por um segurança.

O incidente aconteceu porque cada clube tem o direito de levar para o estádio cerca de 42 pessoas, incluindo jogadores, comissão técnica e dirigentes. Quando esse número é ultrapassado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não permite.

“Hoje foi um dia muito negativo, nós chegamos aqui com muita arbitrariedade, muitas coisas aconteceram antes e não são coisas normais. A CBF fechou o estádio do Atlético, durante o jogo eu quase fui retirado por um segurança, o cara chegou aqui querendo me retirar do jogo e com uma arrogância tremenda. Eu não vejo isso em lugar nenhum e, baseado em nada, porque tem algumas pessoas que gritam. Eles tinham que ir lá e ver o pessoal do Internacional que estava gritando mais do que nós, e a CBF foi lá?”, declarou.

“Isso mostra que o futebol é feito por pessoas que escolhem com quem vão aplicar a lei, com quem vão fazer as coisas. Já falei várias vezes com André Pitta (presidente da Federação Goiana de Futebol) e ele se colocou fora da situação, mas ele tem que nos defender. Eu fiquei muito chateado e muito constrangido hoje, encheram de segurança aqui para que? […] Se tem gente gritando aqui, fazendo coisa que não deveria… Porque isso aqui é estádio de futebol, isso aqui não é igreja!,” continuou.

“Às vezes eu reclamo de posicionamento, de um jogador que errou um passe… Isso é normal, aqui não é igreja! Agora se eu agredir, se eu fazer alguma coisa, a polícia está aí para isso. Então hoje (o tratamento) foi muito arbitrário, tirou o nosso brilho, nós entramos desestabilizados e isso nos prejudicou muito. Eu vou ser sempre limpo e vou buscar todos os meios para colocar as coisas de maneira clara,” finalizou.

>>Saiba mais: Notícias do Atlético

Vale lembrar que nos últimos do Brasileirão o Atlético foi citado nas súmulas das partidas contra o Athletico-PR e Palmeiras. Nos dois duelos o clube goiano foi citado por conta de comportamento desrespeitoso e ofensivo com a arbitragem vindo de pessoas que se encontravam na arquibancada.

Sobre o ocorrido na noite desta quarta-feira (28), Adson Batista garantiu que irá tomar as devidas providências.

“Vamos relatar tudo para a CBF e eu espero que eles não prejudiquem o Atlético, porque enquanto eu estiver vivo, não vou me calar! Que eles tratem o Atlético como tem que tratar qualquer clube grande. Hoje vocês viram o presidente do Inter gritando para caramba, cadê o pessoal da CBF para reclamar? Então é dois pesos e duas medidas, eu espero que providências sejam tomadas de maneira séria”.

“Nós estamos aqui porque que temos condição de estar no jogo e não é querer apequenar, ser arbitrário e não dar direito defesa. Porque o se o Atlético fosse notificado, íamos no STJD nos defender […]. Precisamos que o futebol brasileiro respeite times como o Atlético que faz futebol com seriedade, a CBF sempre foi parceira do Atlético, mas hoje mostrou que não quer o Atlético do lado dela, isso ficou claro e evidente”, concluiu.

Confira a súmula das partidas contra Athletico-PR e Palmeiras.

Assista a íntegra da entrevista com Adson Batista na Sagres TV