Atlético e Goiás se enfrentam pela primeira vez em 2020. Será o reencontro das duas equipes após a final do estadual da última temporada, quando o rubro-negro levou a melhor e levantou a taça. A partida que será realizada neste domingo (16) no Estádio Olímpico pode ser o primeiro de seis duelos possíveis neste ano, já que ainda resta um jogo pela fase de grupos, as duas equipes podem se encontrar no mata-mata e ainda tem dois jogos garantidos pelo Brasileirão da Série A.

Se a rivalidade será grande dentro de campo, fora dele o clima é amistoso há muito tempo. Nas últimas semanas Hailé Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, elogiou Adson Batista em duas oportunidades. Primeiro afirmou que o presidente do Atlético era “muito esperto” para “tomar um chapéu” do Goiás na contratação do atacante Mike. Depois revelou que o fato do rubro-negro reformar o Estádio Antônio Accioly para jogar a Série A entusiasmou o esmeraldino para fazer o mesmo na Serrinha, e que Adson era “muito inteligente”.

Em entrevista especial à Sagres 730, o dirigente atleticano se disse honrado com as palavras do mandatário alviverde e que ele também já se espelhou em decisões tomadas pelo coirmão.

Adson Batista (Foto: Paulo Marcos/ACG)

“Seu Hailé é um referência e com toda humildade possível, eu já copiei o Goiás em muitas coisas boas também, já copiei o seu Hailé. Isso é normal, é grandeza dele reconhecer nosso trabalho o que nos deixa envaidecidos para que possamos cada vez melhorar e ser um grande adversário para o Goiás, porque sem grandes adversários nenhum clube cresce”, destacou.

Segundo Adson Batista, é possível notar muita coisa em comum no seu modo do comandar o Atlético Goianiense com a maneira como Hailé dirige o Goiás.

“Vejo sim. Eu já me espelhei em muitas coisas porque é uma pessoa muito honesta, é um cara que reconheço que fez o Goiás. Claro que muitas pessoas passaram, muitas pessoas foram importantes porque o Goiás é um clube que tem uma história muito grande, mas ele é a grande referência, é quem tomou as grandes decisões para o Goiás seja um clube respeitado em todo o país”.

No entanto o presidente rubro-negro descartou que ele já representa para o Atlético o que o mandatário esmeraldino representa para o Verde. Enquanto Adson está no CT do Dragão há 14 anos, Hailé Pinheiro já soma 57 à frente do Goiás.

“Não (represento). Eu estou há 14 anos aqui mas a cada ano eu tenho que melhorar e evoluir para que eu possa ser reconhecido e importante um dia. Tenho certeza que vamos deixar um grande legado de profissionalismo, de organização e de comprometimento com o clube. Agora o seu Hailé fez o Goiás, tem uma história bonita e quem dera eu possa ter tantos anos que ele teve no Goiás, aqui no Atlético”, afirmou.

Durante a entrevista, Adson Batista também relembrou os duelos mais marcantes para ele entre as duas equipes nestes anos à frente do Dragão.

“Foi em 2007 quando nós ganhamos o Campeonato Goiano. Tiveram vários, mas em 2007 eu não sei se não tivéssemos ganhado aquele título eu estaria aqui hoje. Foi meu primeiro título, gols do Fábio Oliveira e do Anaílson, foi um momento muito importante. Já tivemos grandes clássicos, em 2016 mesmo foi um jogo maravilhoso, nós praticamente subimos para a Série A com um grande vitória sobre o Goiás. Eles saíram ganhando, depois viramos e fizemos uma goleada importantíssima. No ano passado nós ganhamos de 3 a 0, não é fácil ganhar do Goiás, ainda mais com esse número de gols”, revelou.

Protagonistas do futebol goiano no último ano, tendo “monopolizado” as últimas conquistas do estadual, Atlético e Goiás já fazem o maior clássico do estado, segundo Adson Batista.

“Para mim é, para mim. Para a grande parte da crônica esportiva não é porque tem muita gente que fala com o coração. Eu respeito muito a história do Vila, é um time que foi tetracampeão, um clube que tem uma grande história, uma grande importância para o futebol goiano. Mas Atlético e Goiás é o clássico do momento, e futebol é momento. Então no momento é o clássico mais importante do futebol goiano”, analisou.

Por último, ele concordou com seu Hailé quando o esmeraldino disse que não houve “chapéu” do Goiás na contratação do atacante Mike. Artilheiro do Atlético em 2019, o atleta tinha propostas do exterior e não renovou seu vínculo com a equipe campineira. Sem acordo, Mike iniciou 2020 sem clube, o que fez com que Adson tentasse retomar as conversas. No entanto, alguns dias depois, o jogador foi anunciado na Serrinha.

“Não deu chapéu porque o Mike tinha uma proposta para fora e acho até engraçado vocês criarem essa situação porque vocês gostam de polêmica (risos). Mas eu não me sinto em momento nenhum tomando essa chapéu porque nós praticamente não negociamos, contratamos para essa posição e eu não trabalho com elenco inchado. O Mike é um boa jogador, uma boa pessoa, um grande caráter e que ele possa ser feliz na vida dele, menos contra o Atlético, que a gente possa atingir nossos objetivos e que os atletas que estão aqui da posição dele possam fazer um grande papel”, explicou o presidente atleticano.

Ouça na íntegra a entrevista de Adson Batista à Sagres 730:

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