O sétimo e último episódio da primeira temporada do Agir Sustentável vai para a fazenda! Nesta edição, nós descobrimos se o agro, além de tech e pop, também é sustentável no Brasil. O apresentador Rubens Salomão conversou com especialistas sobre mudanças climáticas e preservação no campo, além de representante do setor produtivo. Além disso, visitou uma propriedade que investe na produção sustentável, junto com o repórter cinematográfico Hebert Bruno.
O agronegócio tem participação fundamental na economia brasileira, com quase 10% do PIB. O setor foi responsável por quase 60% de tudo o que foi exportado pelo Brasil em 2023 e os principais produtos são soja e farelo de soja, açúcar, carne bovina e de aves, além da celulose. Apesar de ter esse papel econômico crucial, as atividades da agropecuária podem provocar impactos negativos ao meio ambiente.
Para um dos principais especialistas em mudanças climáticas no mundo, o diretor do departamento de Física da USP, Paulo Artaxo, a mudança no padrão de produção agropecuária, principalmente na região central do país, é parte fundamental das adaptações no Brasil. Ele destaca o avanço do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, com destaque aos estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Já advogada e doutora em ciências ambientais, Luciane Martins, detalha os impactos das atividades do agronegócio ao meio ambiente, em conversa com o agir sustentável. Entre os problemas estão o desmatamento, extinção de espécies, compactação do solo, contaminação das águas e emissão de gases causadores do efeito estufa.
Produção
O avanço das pautas e da exigência pela produção sustentável pelo mercado externo tem gerado nas últimas décadas uma inegável mudança de paradigma na produção agropecuária. É o que detalha Thiago Castro, que é engenheiro agrônomo e assessor técnico para Meio Ambiente e Recursos Hídricos da FAEG.
Thiago admite que ainda há desmatamento ilegal e que esse é um problema para a imagem do agronegócio brasileiro. O especialista também aponta que a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) orienta os produtores sobre desmatamento legal, queimadas e também para a adoção de práticas mais sustentáveis.
Prática
O Agir Sustentável buscou entender como os conceitos e técnicas são aplicados na prática, em visita a uma fazenda no município de Pontalina, em Goiás, a cerca de 100 quilômetros da capital, Goiânia. A produção é baseada na pecuária, mas a diversificação de atividades já conta com plantio direto, agroflorestas, horta e até a recuperação de uma nascente degradada.
Nosso guia nessa visita foi Murilo Arantes, que é biólogo e sócio da Agrosintropia, uma empresa de consultoria que atua diretamente na elaboração e execução de projetos para produção rural sustentável. A fazenda é um dos exemplos dos trabalhos que são realizados em todas as regiões do país e conta com duas agroflorestas, uma temperada e outra tropical, e a plantação comercial de café, junto com outras culturas. Além da produção de hortaliças e ervas medicinais, que mantém a presença de abelhas e outros insetos, fundamentais para os ciclos naturais.
Com o exemplo prático de como o agronegócio pode ter uma relação mais saudável com o meio ambiente, a gente encerra este episódio e também a primeira temporada do Agir Sustentável!
Ao longo das sete edições, tratamos sobre os conceitos de sustentabilidade; o caminho da água, da natureza até a nossa torneira; as demandas por saneamento básico no Brasil; a relação entre as cidades e as nascentes de rios e córregos; como a resiliência urbana deve aplicada para evitar tragédias ambientais; além das boas práticas no setor da indústria e agora, no agronegócio.
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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 02 – Fome Zero e Agricultura Sustentável; ODS 12 – Produção e Consumo Responsáveis