O programa Debates Esportivos, da Rádio 730, recebeu na edição desta quinta-feira (1), o Executivo de Futebol do Goiânia, Guto Veronez. O ex-presidente do Vila Nova falou sobre muitos assuntos, como a polêmica saída do clube colorado, o suposto prejuízo de R$300 mil com a empresa que fabrica os ingressos, a paixão que ainda sente pelo Tigre e o novo desafio que tem pela frente com o Goiânia. 

Confira abaixo a entrevista completa: 

Saída do Vila Nova e polêmica sobre uma possível fraude de R$300 mil. 

– O que aconteceu naquele momento que saí era pressão dentro de casa, no Vila sempre tem pressão, mas não foi o que me levou a sair. Eu aprendi que as vezes a palavra é prata e o silêncio é ouro. Nada foi provado sobre esse prejuízo, se tivesse acontecido isso teriam descoberto. O Ecival conseguiu renegociar com a empresa. Se você tem uma empresa e possivelmente estava tendo prejuízo iria continuar tendo vínculo com a instituição? Renegociar? Nunca. Nada foi provado, foi um movimento sacana da oposição, lá tem isso demais. Não houve falha ou desonestidade. Eu lucrei R$12 milhões lá, mas isso não me dá direito de ir lá e pegar esse dinheiro. No Vila existem diversas situações complicadas, de corrupção, mas você acha que o presidente consegue ver isso? Não tem como. Eu não preciso mostrar o que fiz no Vila, só o Frontini estava atrasado e uma folha de pagamento da base que chegava aos R$20 mil. Ecival fez um excelente trabalho. 

O amor pelo Vila Nova continua?

– Quando saí do Vila foi por problema pessoal e depois desses seis meses me senti preparado para voltar ao profissional. Sou vilanovense e tive uma história maravilhosa naquele time, nunca vou negar isso. 

Você acredita no elenco do Vila Nova este ano? 

– A maior preocupação que tenho como torcedor é que o Vila nos próximos cinco anos não namore com a Série C. Hoje em dia temos R$16 milhões de orçamento, tem que ser contínuo o trabalho. Quando você cai, deixa de receber um monte de coisa e tem que começar do zero de novo. Eu sempre falei que o melhor do Vila viria em 2017. Temos que aproveitar essa má fase dos times com maiores receitas e tentar ficar no G4, o Vila esse ano está com mais chances do que ano passado. 

O que te fez ir para o Goiânia? 

– O que está me levando ao Goiânia é o desafio, no Vila foi amor. Quando houve o convite do Raimundo aceitei para fazer essa reconstrução no Goiânia. Ele já começou ela, revitalizou o campo, fez arquibancadas, está fazendo uma concentração. Começa com esse trabalho de reconstrução, mas de forma simples porque não tem recursos. 

Você acredita no acesso do Galo? 

– O Goiânia precisa primeiro classificar entre os 4, mas vai ser difícil, ganhamos do Aparecida em jogo duro. Mas estamos vivendo jogo a jogo com tranquilidade, nosso elenco é bom, o ambiente é saudável, 80% tem experiência grande em Série C, B. Todo projeto que temos depende do nosso acesso.