Como forma de valorizar a economia local e auxiliar na renda de pequenos produtores rurais de suas respectivas regiões, o Governo de Goiás conta com a agricultura familiar para o preparo das refeições distribuídas na rede estadual de ensino. Cerca de 30% dos alimentos utilizados para o preparo das refeições dos alunos são oriundos de regiões agrícolas.

De acordo com o Estado, são cerca de 800 mil refeições por dia em 998 unidades escolares, responsáveis pelo atendimento a 476.843 estudantes dos ensinos fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) que ajudam no cumprimento ao PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Governo Federal.

Variedade

Além da quantidade, a qualidade das refeições servidas aos alunos também é verificada. Cada escola elabora seu cardápio, que é analisado pelos nutricionistas da SEDUC – Secretaria Estadual de Educação. São alimentos pratos variados, como: galinhada, feijão tropeiro, arroz com estrogonofe carne de sol, linguiça, biscoito de queijo, suco, torta, frutas e verduras. Os gestores são orientados a priorizar os hábitos alimentares, a cultura e as tradições relativas à alimentação da localidade. Um exemplo é que em comunidades quilombolas, é servido o cuzcuz, alimento comum entre os estudantes.

Yasmin Castro, de 17 anos, está na 3ª série do ensino médio do Colégio Estadual Jornalista Luiz Gonzaga Contart, de Goiânia, e se alimenta na escola todos os dias. “Para mim a importância é enorme, porque não consigo comer em casa antes de ir para a escola. É o lanche me salva durante toda a manhã, dando mais estímulo para os estudos”, comenta.

Na zona rural, existe uma preocupação com os estudantes, que utilizam o transporte escolar e geralmente enfrentam longas viagens até a escola. “Esses alunos recebem uma ou duas refeições a mais do que os outros estudantes visando a segurança nutricional”, explica Terezilda Melo, gerente de alimentação escolar da SEDUC.

Investimentos

Somente neste semestre, o Estado destinou R$ 31 milhões à merenda escolar, valor que incorpora reajuste de 300% na verba, aplicado em 2022. As escolas de tempo integral recebem mais recursos para merenda escolar porque oferecem três refeições por dia, enquanto que nas escolas agrícolas, os alunos recebem cinco refeições diárias. “É dinheiro que investimos para dar qualidade de vida aos nossos estudantes”, afirma o governador Ronaldo Caiado.

Nos primeiros seis meses de 2023, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) repassou R$ 55,1 milhões reais para a merenda. O recurso é complementado pelo Estado, que investiu R$ 31,4 milhões via Fundo Protege. O Fundo, instituído pela Lei Estadual 14.469, de 16 de julho de 2003, tem objetivo de combater a fome e a pobreza por meio de ações de nutrição, educação, saúde, habitação, reforço da renda familiar e outros programas de interesse social.

*Com informações da SEDUC

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 02 – Fome Zero e Agricultura Sustentável e ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

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