A Universidade Federal de Goiás se despediu da Agro Centro-oeste Familiar no sábado (20), no encerramento do evento. Os discursos estiveram repletos de agradecimentos e valorização da construção coletiva da feira, que envolveu dezenas de entidades, agricultores familiares, além de ter contato com a presença de dois ministros de estado. 

Gabriel Medina, professor da Universidade de Brasília, afirmou que os números da feira dão a dimensão do seu impacto. Foram mais de 115 expositores que alcançaram 350 mil reais em vendas de produtos, 194 mil reais em comercialização de equipamentos, além de 26 rodadas de negócios, com fechamento de contratos para exportação de produtos.

“A preparação para a feira dura meses, mas é muito gratificante ver o impacto que ela tem na vida de cada pessoa e demonstra o peso e a importância que a agricultura familiar tem para este país”, defendeu. Ele frisou ainda que todo o evento foi realizado sem a produção de lixo, “todo o material utilizado para colocar essa feira funcionando é biodegradável. Não utilizamos plástico e não produzimos lixo”. Além disso, a feira recebeu mais de 10 mil visitantes, realizou 72 mamografias e aplicou cerca de mil vacinas contra influenza e Covid-19. 

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Organizadores da maior edição da Agro Centro-Oeste familiar agradeceram a cooperação e parceria de cada expositor | Foto: UFG

Chamando ao palco mulheres importantes para o evento, Sandra Faria, secretária de política sindical da Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar (Fetaeg Goiás), agradeceu a cooperação de todas na feira. “Cada uma de vocês representam o coração e a mente para a realização da Agro Centro-oeste familiar. É pelas suas mãos calejadas que esse Brasil se alimenta”, afirmou emocionada. A próxima edição será realizada em 2024 no Centro Universitário de Mineiros (Unifimes).

Histórias 

A Agro Centro-Oeste familiar é uma oportunidade marcante não só para os expositores, mas também para aqueles que trabalham na organização do evento. Vitória Santos, estudante do 5º período de Agronomia na UFG, contou que sua história de vida está ligada com a agricultura familiar, seu pai é um pequeno produtor de milho na cidade de Piracanjuba.

“Gostaria muito que ele tivesse vindo participar, mas como não foi possível, eu espero aprender e colaborar o máximo com ele no dia a dia da agricultura familiar”, contou a estudante que também tem interesse em se aprofundar na área de extensão rural. 

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Estudantes do curso de Agronomia da UFG entendem a participação na organização da feira como uma experiência fundamental para sua formação | Foto: UFG

A Comunidade Quilombola Cristininha de Caiapônia, também teve um stand no evento para comercializar os produtos produzidos por eles. Sueli Costa contou que já participou de outras feiras, mas nunca tinha vivenciado um movimento de público como dessa edição da Agro Centro-Oeste.

“Em nossa comunidade as mulheres estão à frente da produção e de toda a organização. Somos 150 famílias trabalhando de maneira colaborativa e com muito amor e dedicação”, destacou. Ela contou com grande alegria da cooperação que existe em sua comunidade. “Esses tapetes de crochê, por exemplo, foram feitos por mulheres de quase 90 anos, completamente ativas e lúcidas. Elas são um, grande orgulho para nós”, afirmou. 

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Comunidade Quilombola Cristininha de Caiapônia trouxe produtos de artesanato, semente de Baru e banha de porco para comercializar na feira | Foto: UFG
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Representantes da Unifimes receberam o estandarte da feira de maneira simbólica, já que o evento será realizado sob a organização deles em 2024 | Foto: UFG

*Com informações da UFG

*Esse conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 02 – Fome Zero e Agricultura Sustentável

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