Comemorando 34 anos neste 20 de maio, a cidade de Palmas é um refúgio em meio à natureza no coração do Brasil. A mais jovem capital do país ultrapassou a marca de 334 mil habitantes e ocupa o posto de capital que mais cresceu nos últimos 12 anos, segundo o último censo do IBGE. Ainda assim, ostenta um ar de tranquilidade dada à sua privilegiada e estratégica localização geográfica – ao lado de serras, à beira de um lago e próxima a uma infinidade de cachoeiras.
O arquiteto e urbanista Augusto Brito de Carvalho explica que o local escolhido para a construção de Palmas a coloca em um patamar diferenciado em relação a outras cidades, justamente por estar situada próxima a diferentes recursos naturais.
“Palmas é uma cidade privilegiada quanto a sua localização. O quadrilátero escolhido para a implantação da cidade está entre duas paisagens únicas, lago e serra. Essas duas paisagens concedem à cidade recursos e atrativos naturais que não é comum a outras cidades, como parques, córregos, cachoeiras, praias de água doce, trilhas ecológicas dentre outros. Quantas cidades vem em nossa mente com essa quantidade de atrativos dentro dos limites do município? O palmense é muito privilegiado quanto a isso. Não precisamos viajar para cidades vizinhas para curtir a natureza”, pontuou.
Aos 29 anos, Augusto viveu e acompanhou as transformações da cidade como morador e profissional da área. Para ele, a proximidade com a natureza é democrática e impacta diretamente na qualidade de vida dos moradores.
“Viver em uma cidade que dispõe de recursos e atrativos naturais em abundância, impacta na qualidade de vida na população. Grande parte da população, independente da sua renda consegue acessar algum atrativo, seja praia ou parque. Temos vocação para o lazer e práticas esportivas”, destacou.
Leia mais:
Relatório da ONU aponta soluções para reduzir a poluição plástica
Telha fotovoltaica de fibrocimento pode democratizar a energia solar no Brasil
Coleta Seletiva busca redução de impacto ambiental em feira no Tocantins
O que precisa avançar?
Enquanto a natureza ao redor impressiona, as vias urbanas ainda precisam de atenção. Embora feita sobre um projeto base de planejamento, a cidade de Palmas ainda tem alguns aspectos urbanos para evoluir, segundo Augusto.
Com o crescimento exponencial nos últimos anos, existem questões a serem revistas como a dependência de automóveis para o deslocamento com a inviabilidade de outras formas de deslocamento, discussão que está atrelada também à arborização da cidade.
“A questão da mobilidade puxa outras discussões, como a questão da arborização urbana, que ainda está muito aquém do que deveria ser. Embora Palmas tenha um plano de arborização urbana, ainda falta incentivo público e mobilização social para tornar Palmas uma cidade caminhável e agradável climaticamente. Enquanto a lógica for abrir avenidas ao invés de caminhos agradáveis para a população andar, estaremos contribuindo para um grande problema urbano”, alertou.
Da janela
Em Palmas, para se impressionar com a natureza, basta olhar ao redor. E para alguns, basta olhar pela janela. A cidade planejada e ainda pouco verticalizada permite que algumas pessoas tenham o privilégio diário de uma vista de tirar o fôlego como a da janela da servidora pública Raquel Albuquerque.
“Muita gente deve dizer o mesmo, mas em Palmas é verdade: a gente tem o pôr-do-sol mais bonito do mundo. Morar em uma cidade que tem ao fim de cada dia uma pintura no céu é quase como se a natureza estivesse dizendo pra gente respirar porque amanhã o dia será melhor”, afirmou.
Já o psicólogo Juliano Correa tem o privilégio em dose dupla: a vista para o lago e para a serra. Depois de se mudar para a capital tocantinense há alguns anos em virtude da profissão, ele escolheu permanecer também influenciado pela proximidade com a natureza.
“É uma cidade que oferece muitas coisas bem interessantes uma delas é toda essa natureza que a gente tem aqui em volta. No fim de semana eu posso escolher se eu quero subir a Serra para Taquaruçu e ir para uma cachoeira passar um dia bacana, ou se eu posso ir para uma praia curtir depois do Sol numa praia, comer alguma, coisa beber alguma, coisa estar com os meus amigos, ou eu posso escolher fazer isso da janela da minha casa eu posso olhar ou para Serra ou para o Lago e ver o melhor pôr-do-sol deste país que é o pôr do sol daqui de Palmas”, concluiu.
