O meia Alan Mineiro foi suspenso por quatro jogos por cuspe em bandeirinha de escanteio do Estádio Hailé Pinheiro com o símbolo do Goiás no clássico do último dia 7 de março quando a equipe esmeraldina derrotou o Vila Nova pelo Campeonato Goiano. A decisão foi homologada pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás (TJD-GO) na manhã desta quinta-feira (1).

Representantes da equipe colorada e também do TJD finalizaram um transação disciplinar onde as partes buscam um ajuste de punição com embasamento legal sem a necessidade de julgamento. Além do camisa 10, o Vila Nova também foi punido de acordo com o artigo 258-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e terá de pagar uma multa de R$ 10mil.

Dirigentes citados na súmula do árbitro Eduardo Tomaz durante a partida também foram multados. Alcides Pereira Silva Neto e Fernando Henrique Mussi foram qualificados no artigo 243-F com o pagamento de R$ 2 mil para cada um; diretor de comunicação do Tigre, Romário Policarpo, foi multado e terá de pagar R$ 1 mil após ser enquadrado no artigo 258.

Após o clássico, Alan Mineiro foi punido preventivamente por cinco dias e não enfrentou o Iporá na goleada de 5 a 0 no dia 13 de março. Como já cumpriu uma partida de suspensão, o atleta não poderá entrar em campo contra o Goianésia nesta quinta-feira (1) e no domingo (4), além do jogo contra o próprio Goiás no dia 11. O retorno do meia poderá acontecer no duelo diante do Iporá no dia 14 de abril.

Em entrevista à Sagres o procurador-geral do TJD-GO, Henrique Stábile, explicou a opção de uma Transação Disciplinar ao invés de um julgamento para o jogador colorado.

“O objetivo de transacionar é para chegar a um acordo que não seja tão grave a ponto de (Alan Mineiro) ficar fora de competições ou que possa ferir o direito esportivo. Então, o histórico disciplinar dele que foi relatado nessa sentença homologatória assinada pelo doutor Luiz Antônio Siqueira de Paiva (auditor do Pleno), fala que é positivo tanto do atleta quanto dos dirigentes. Foi apontada uma primariedade, eles não têm nenhum antecedente com relação a essas tipificações que foram relacionadas na denúncia”, explicou.

“Tendo em vista todo o histórico, a situação específica e a violência em si que não houve nesse ato específico, chegou-se nessa Transação para haver essa desqualificação e encaixar o atleta Alan Mineiro nessa Transação (Disciplinar) como um todo. O objetivo maior foi tipificar algumas partidas de suspensão e servir de exemplo para outras agremiações e atletas também”, completou Stábile.

Ouça na íntegra a entrevista do procurador-geral, Henrique Stábile, à Sagres: