Sagres em OFF
Rubens Salomão

Alego aprova projeto que obriga presença de policiais militares em escolas de Goiás

Os deputados estaduais aprovaram, na última sessão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) antes do recesso parlamentar, o projeto que obriga a permanência de pelo menos um policial militar em escolas estaduais. A matéria foi votada em segunda e última votação e segue para sanção ou veto do governador Ronaldo Caiado (UB).

De autoria do deputado Paulo Cezar Martins (PL), o projeto aponta que o agente de segurança deverá ficar “na portaria do estabelecimento no momento da entrada e saída dos alunos” e “em todos os turnos em que haja aula no estabelecimento”. Na justificativa, o parlamentar alega que “desde o início do ano letivo nas escolas da rede estadual de educação em Goiás, as autoridades já interceptaram pelo menos 21 ameaças de atentados ou massacres nas unidades de ensino”.

De acordo com ele, isso representa “mais de um caso por semana e apresenta uma crescente, visto que em fevereiro a Superintendência de Segurança Escolar da Secretaria de Estado de Educação de Goiás (Seduc) verificou quatro casos, outros oito em março, seis em abril e três em maio”.

Foto: Projeto que obriga presença de PMs em colégios vai à sanção ou veto de Ronaldo Caiado. (Crédito: SECOM)

Categoria

Um dos representantes da Segurança Pública e diretamente da PM, o deputado estadual Coronel Adailton (PRTB) votou a favor do projeto, mesmo considerando a proposta incoerente.

Inviável

“Pela quantidade de policiais que seria necessária, ficaria inviável colocar policiamento em todas as escolas públicas de Goiás”, afirmou ainda quando o projeto era apreciado na Comissão de Segurança Pública da Alego.

Foto: Marconi Perillo e Geraldo Alckmin em reunião em Brasília. (Crédito: Perfil Oficial Marconi)

Resposta

Ex-governador Marconi Perillo (PSDB) usou as redes sociais para responder bolsonaristas, que ele chamou de “radicais de plantão e extremistas de ocasião”. Comentários nas redes focaram críticas ao tucano depois do encontro com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

Posição

“Todos sabem que nunca fui petista, mas jamais me negarei a dialogar com pessoas interessadas em conquistar avanços para Goiás e o Brasil, sem que isso altere minha independência e senso crítico. Apoiarei o que for certo e me colocarei contra o que representar retrocessos”, disse.

Cobrança

Marconi elogiou Alckmin como “um verdadeiro homem público de muito valor” e cobrou um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do senador eleito por Goiás, Wilder Morais (PL).

Paradeiro

“Onde estava o senador que foi eleito em Goiás, na última eleição, pelos bolsonaristas, em momentos recentes e cruciais, como na votação do projeto de Caiado que taxou o Agro?”, questionou Marconi. “Onde está o Bolsonaro, que não vai às manifestações de apoiadores para respaldá-los? Chega de hipocrisia e ataques grosseiros e absolutamente irracionais contra quem está fazendo a boa política”, escreveu.

Foto: Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com Lula. (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)

Conversa

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram na manhã deste domingo (18) por 2 horas. O encontro aconteceu no Hotel Meliá, em Brasília, onde Lula está hospedado.

Pela PEC

Lira foi ao local e, provavelmente, o assunto foi a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, que será votada nesta terça-feira (20), conforme o próprio presidente da Câmara anunciou.

Recursos

A PEC visa cumprir as promessas de campanha do presidente eleito. Entre elas, a manutenção do Auxílio Brasil (Bolsa Família) de R$ 600 com o acréscimo de R$ 150 por criança até seis anos. Para passar são necessários 308 votos.

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