Em 2014, a Alemanha derrotou o Brasil por 7 a 1 no Mineirão (Foto: Divulgação/FIFA.com)

Alemanha 7×1 no Brasil. Isso nunca vai mudar. Fomos atropelados na Copa disputada no nosso país. Essa história não será apagada, é melhor acostumar com a dor. Da mesma forma como são doloridas as lembranças da derrota para o Uruguai em 50, o desastre de Sarriá em 1982 diante da Itália de Paolo Rossi e da goleada imposta pela França em 1998 na decisão.

A esmagadora vitória na semifinal no Mineirão devastou para muitos o futebol brasileiro e colocou em questionamento a qualidade dos técnicos e jogadores. Quatro anos depois, com a vergonhosa eliminação da Alemanha na fase de grupos da Copa da Rússia, já vem o sentimento para muitos que o troco foi dado e a empáfia de que somos o país do futebol começa a fazer parte do discurso de vários.

Bobagem!!! 

Aquele placar é eterno. Motivo de festa para os alemães e de reflexão para nós brasileiros, porém no alto da soberba dos que pensam que não precisamos evoluir, a necessidade de corrigir e aperfeiçoar é jogada para baixo do tapete.

Nariz empinado. Ensinamos e não precisamos aprender… um erro gigantesco, que impede o crescimento do nosso futebol.

A Seleção Brasileira campeã na Rússia, e ela é favorita para esse objetivo, não significa que retomamos as rédeas do planeta bola, até porque esse universo é maior que a Copa do Mundo. Passa pela formação de jogadores, qualificação dos técnicos e principalmente o fortalecimento das nossas competições. Tecnicamente nosso campeonato perde de goleada para as principais ligas na Europa. 

Enquanto isso não acontecer vamos seguir revelando talentos para serem lapidados no exterior por técnicos estrangeiros. Esses jogadores de quatro em quatro anos vão retornar para disputar a Copa com ensinamentos de outros profissionais para levantar o caneco.