Na última quarta-feira (12), aconteceu a reunião entre a Comissão de Educação e a Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Assim, o ministro Camilo Santana aproveitou a ocasião para anunciar as prioridades da gestão para a educação. Nesse sentido, a retomada de obras em escolas, a inserção de tecnologias nas salas de aula e o investimento na modalidade de ensino em tempo integral são exemplos dos focos divulgados.

Durante fala no evento, o ministro ressaltou que o país ainda lida com problemas educacionais inadmissíveis. Além disso, afirmou que para a resolução de problemas estruturais, é necessária a articulação com estados e municípios.

Escola para todos

O acesso à escolarização de qualidade no país integra a lista de pautas principais defendidas por profissionais e especialistas em educação. Nesse sentido, apesar da ampliação de vagas e do número absoluto de matrículas, o país segue enfrentando desafios significativos.

“Antes, a escola era para poucos. Hoje é para todos. Queremos uma escola que dê oportunidade a todos os brasileiros. Pro filho do agricultor, pro filho da empregada doméstica terem acesso à educação superior”, defendeu Santana.

Alfabetização

De acordo com os eventos das últimas semanas, já era possível perceber que um dos focos centrais do ministério é a elaboração de ajustes na política nacional de alfabetização. Anteriormente, a mais recente política foi instituída em 2019.

Em março, o Ministério da Educação reforçou o objetivo de que todos os alunos cheguem ao fim do segundo ano do ensino fundamental com habilidades em leitura e escrita. Além disso, a pasta anunciou a meta do lançamento do programa denominado “Alfabetiza Brasil”, para o mês de maio.

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40,80% das crianças entre 6 e 7 anos de idade não sabiam ler ou escrever em 2021.

Tecnologia

O debate sobre a inserção de tecnologias na sala de aula também integra boa parte das discussões mobilizadas em todo o país. Nesse sentido, o governo anunciou que, até 2026, pretende garantir conectividade à rede internet em todas as escolas.

A princípio, o MEC anunciou obras de infraestrutura em energia, serviço de conexão, acesso à banda larga e distribuição de sinal wi-fi como exemplos de ações para planejamento.

Tempo integral

Segundo a comunicação do Ministério, mais tempo nas escolas faz parte dos pilares defendidos pelo governo federal no que consideram ser avanços necessários para o país.

Nesse contexto, utilizando como base o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pelo Congresso em 2014, destacou o plano da oferta para 25% das matrículas na educação básica. Dessa forma, uma das prioridades será alcançar mais 10% de vagas de tempo integral, com enfoque no ensino fundamental.

Novo Ensino Médio

Ao mesmo tempo, o governo também anuncia a continuidade das discussões sobre o Novo Ensino Médio, que se tornou Lei em 2017, mas que segue sendo ponto de debates e críticas, inclusive entre apoiadores do governo ligados aos setores da educação.

Em março, o Ministério da Educação publicou Portaria que determinou período de consulta pública, a fim de que haja avaliação e diálogo com setores envolvidos com a agenda.

Além disso, também determinou a suspensão do cronograma que definia prazos para secretarias de educação implementarem novas medidas em suas redes de ensino. Nesse sentido, a reestruturação do modelo foi apontada como parte das prioridades.

*Com informações do Ministério da Educação

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