Repense do último domingo (9) mostrou que o esporte não é apenas uma atividade física, mas sim uma oportunidade para a inclusão de pessoas com deficiência. Para eles, a prática vai muito além de melhorar a saúde e prevenir doenças, pois representa reabilitação motora e cognitiva, além de socialização.

Assista ao Arena Repense na íntegra:

Nesse sentido, diversos projetos sociais em Goiás dão oportunidade e espaço para as pessoas com deficiência, como destacado pelo Repense de domingo. Para debater o assunto, o Arena Repense desta quinta-feira (13) recebeu o atleta paralímpico, Tito Alves de Sena, o diretor de paradesporto da Secretaria de Esportes de Goiânia, João Turíbio. Além disso, participou também a coordenadora educacional da Renapsi pólo Distrito Federal, Patrícia Inácio.

De acordo com Tito Alves de Sena, em 2003 ele sofreu um acidente de trabalho no local onde trabalhava e isso o abalou muito. Apesar disso, o atleta superou o problema e se tornou atleta paralímpico.

“Entrei em depressão, ganhei mais de 15kg, não foi fácil. Mas, alguns amigos começaram a me incentivar para ser um atleta paralímpico e comecei com uma caminhada. Entrei em forma e comecei a competir”, destacou.

Como professor e pesquisador na área há muitos anos, João Turíbio explica que a pessoa que adquire alguma deficiência passa pelo primeiro estágio, o luto. Em seguida, vem o segundo estágio, que conforme o especialista, é onde o esporte mais está presente.

“A pessoa fica se questionando por que ela? A partir disso, o que ela pode fazer com aquela condição que passa a adquirir. Essa é uma fase natural, que precisa de apoio, primeiro da família e depois clínico, na parte da psicologia. O segundo estádio é o da luta, em que a gente busca metodologias apropriadas, conhecimentos, técnicas. Depois disso, há uma grande transformação na vida da pessoa, entendendo que o esporte deve ser compreendido em uma perspectiva de participação”, revela.

Participantes do Arena Repense debatem a importância do esporte na inclusão de pessoas com deficiência | Foto: Reprodução/Sagres TV

Jovens aprendizes

A edição desta quinta contou mais uma vez com a participação dos jovens aprendizes da Renapsi do Núcleo Seu Jaime (NSJ). Além disso, João Victor Nunes e Letícia da Silva Gonçalves, do Distrito Federal, também contribuíram com o Arena.

Para João Turíbio, o primeiro passo de uma pessoa com deficiência é não sentir que aquela condição a define. Sendo assim, conforme ele, uma forma de ajudar é dar a oportunidade ao PcD de desenvolver várias atividades, sejam elas educacionais, esportivas, etc.

“Para isso, basta que nós, enquanto sociedade, oferecemos condições para que essa pessoa possa de fato desenvolver o seu potencial. Atrás de cada pessoa, independente de sua condição, ela tem um potencial que pode desenvolver. Se não vira um atleta profissional, pode garantir uma melhor condição física, consciência corporal e uma autonomia em várias atividades”, pontuou.

Assista ao Arena Repense na íntegra pelo link acima.

*Esse conteúdo está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 10 – Redução das Desigualdades

Confira edições anteriores do Arena Repense: