Sagres em OFF
Rubens Salomão

Aliados apostam em base ‘menor e sólida’ após reforma na prefeitura de Goiânia

Vereadores da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) já começaram a ser sondados por articuladores do Paço sobre as consequências políticas da profunda reforma administrativa a ser realizada no Paço. A expectativa é de que o prefeito tome efetivamente as rédeas da gestão e retire (ou reduza) a quantidade de nomes indicados por vereadores e lideranças partidárias nas principais pastas – como Comurg e secretarias de Administração, Planejamento e Educação, entre outras.

Vereadores da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) já começaram a ser sondados por articuladores do Paço sobre as consequências políticas da profunda reforma administrativa a ser realizada no Paço. A expectativa é de que o prefeito tome efetivamente as rédeas da gestão e retire (ou reduza) a quantidade de nomes indicados por vereadores e lideranças partidárias nas principais pastas – como Comurg e secretarias de Administração, Planejamento e Educação, entre outras.

O prefeito ainda não decidiu os detalhes das trocas, mas já iniciou articulação para que o grupo de aliados na Câmara passe a ter maior fidelidade ao projeto da prefeitura, ao invés da atual base considerada “gelatinosa” pelos próprios parlamentares. “A base aqui vai reduzir bastante. Dos atuais 30 ou 31 aliados, o prefeito deve passar a contar com uns 22 ou 23, mas vai ser uma base mais sólida”, afirma nos bastidores um aliado de Rogério Cruz que conta já ter sido sondado para a composição.

O número projeto pelos próprios vereadores apresentaria cenário de maior dificuldade para que o Paço consiga, por exemplo, manter vetos e aprovar alguns projetos, que exigem quórum qualificado de 24 votos para aprovação. A avaliação é de que as matérias passarão a ser articuladas individualmente. “O prefeito está certo em fazer a reforma e dar mais a cara dele à gestão. Até porque a atenção agora é toda voltada para a eleição de daqui dois anos”, afirma um aliado.

Chapa derrubada

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/GO) rejeitou argumentos da direção regional do PL e mantém processo que poderá cassar os votos de toda a chapa do partido para o cargo de deputado estadual. O entendimento da Justiça é de que a substituição ou retirada de candidaturas já não poderia ser feita quando duas candidatas do PL tiveram o pleito indeferido pelo TSE.

Datas

No dia 11 de setembro, um dia antes do prazo final de substituição de candidatura, transitou em julgado o indeferimento do registro da candidatura de duas candidatas à deputada estadual do partido. A Comissão Executiva do PL, então, decidiu retirar cinco candidatos homens para readequar a cota por gênero. A mudança, no entendimento da procuradoria, só poderia ser realizada até o dia 28 de agosto.

Não quero!

Outro motivo considerado pelo TRE é o fato de que três dos cinco candidatos que seriam retirados da disputa se recusaram a sair e continuaram em campanha, o que mantém a proporção de apenas 26% de candidaturas femininas, quando o mínimo é de 30%.

Investigação

O promotor eleitoral Haroldo Caetano solicitou que a Polícia Federal instaure inquérito para apurar possível crime de coação eleitoral na Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento). Caetano também pediu investigação sobre uma promoção veiculada nas redes sociais pela empresa Empório Sete, que anunciou a venda de mais de dez rótulos de vinhos a R$ 22 cada, o que configuraria propaganda eleitoral ilegal.

Coação

No caso da GoiásFomento, o diretor administrativo e financeiro do órgão, Lucas Fernandes Andrade, teria ameaçado a demissão de servidores caso votassem no candidato Lula, no segundo turno das eleições. As ameaças também teriam sido dirigidas aos que não votassem e não fizessem campanha eleitoral para Bolsonaro.

Como é?

A notícia de fato aberta pelo MP aponta que um servidor manifestou apoio à candidatura petista e foi convocado a comparecer à sala do diretor. Lá, recebeu a ordem de fazer postagem com a afirmação de que seria eleitor de Bolsonaro. Caso não o fizesse, seria demitido.

Crime!

O caso pode ser enquadrado, se comprovado, no artigo 300 do Código Eleitoral: valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido. A pena prevista é detenção de até seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa.

Estratégia

O presidente Jair Bolsonaro barrou o plano da campanha para promover manifestações coordenadas em diversos locais do país no próximo sábado (22). A ideia da equipe era aproveitar a data — que coincide com o número do presidente nas urnas – para uma nova demonstração de força, a exemplo dos atos de 7 de setembro.

Mas…

O candidato preferiu focar na busca de eleitores fora da sua base consolidada. Após promover uma série de eventos no primeiro turno voltados para a própria militância, Bolsonaro agora avalia que essas mobilizações empolgam os apoiadores, mas não têm potencial para buscar os votos “fora da bolha”.

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