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Rubens Salomão

Aliança de esquerda naufraga e Pantaleão será candidato com chapa solo do UP

Depois do naufrágio de pretensa aliança de esquerda em Goiás, a plenária do partido Unidade Popular (UP) definiu lançar candidatura própria ao governo do estado, com o nome do professor Reinaldo Pantaleão. Até então, a estratégia era manter o pré-candidato como opção para o Senado e favorecer a união com outras siglas para a composição de chapa majoritária e apoio a eventual candidatura ao governo de partidos como PSOL, PCB ou PSTU.

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A aliança, no entanto, não vingou e o UP caminha para composição de chapa solo para a disputa das eleições de outubro em Goiás. “Precisamos de uma plataforma política realmente de esquerda que faça o contraponto ao tempo dos coronéis. Entre as velhas oligarquias, um professor conhecido, com histórias de lutas, parece ser uma boa ideia, rebelde e fundada no conhecimento da realidade”, afirma. O professor tem longa história construída no PSOL, com candidaturas a prefeito de Goiânia, em 2012, e vereador, em 2016.

Pantaleão ainda se candidatou a deputado federal, em 2018. Ele citou que havia disposição entre os partidos para uma unidade da esquerda. “O projeto era ter uma unidade da esquerda mais raiz, porém o grupo político preferiu outra tática, infelizmente. E com isso a UP decidiu ter chapa completa”. Pelas redes sociais, Pantaleão repetiu: “agora Goiás tem pré-candidato a governador com história de lutas contra o tempo dos coronéis”.

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(Foto: Reprodução/Facebook)

Troca

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), assinou nomeação de Hemmanoel Feitosa e Silva, que assume como novo secretário municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia de Goiânia. O decreto foi publicado em suplemento do Diário Oficial do Município.

Indicação

Silva foi indicado pelo ex-deputado federal Jovair Arantes, que trocou o MDB pelo Republicanos. Hammanoel ocupará a vaga que estava disponível desde a exoneração, no último dia 7, do ex-secretário André Rodrigues Martins.

Encontro

O presidente regional do PSD, Vilmar Rocha, recebeu visita nesta semana do o deputado federal João Campos, que comanda o Republicanos em Goiás. O pré-candidato ao Senado na chapa de Gustavo Mendanha (Patriota), reforçou convite para aliança entre as duas siglas, com possível indicação do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD), para a vice na chapa de oposição.

Interlocutores

Os próprios Gustavo e Lissauer trataram sobre o tema na última semana, mas não tiveram avanço diante da definição do deputado estadual em buscar o Senado.

Nome próprio

A direção estadual do PROS descartou ontem a possibilidade de apoiar o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e optou por lançar o empresário André Antônio Ferreira como pré-candidato ao governo. Sem perspectivas de alianças, a chapa majoritária deverá ser puro-sangue, segundo o presidente estadual da sigla, Dhone Rodrigues.

Quem?

O pré-candidato escolhido considerava antes pleito a deputado federal. André Antônio  é especialista em planejamento estratégico e mantém escritório nos Estados Unidos, onde viveu por 15 anos. Mantém negócios na área e importação e exportação.

Chapa

O vice deve ser definido na convenção estadual, que acontece em 2 de agosto. O partido já tem como pré-candidato ao Senado o delegado Eduardo Rodovalho. Na disputa ao Planalto, tem Pablo Marçal.

Bem-vindo!

O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirma que, se o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) quiser colocar o boné do MST, assim como fez Geraldo Alckmin (PSB), será “bem-vindo”. A declaração ocorre em meio a uma possível aliança do tucano com o PT em Goiás.

Simbólico

“Colocar o boné do MST significa que está apoiando a reforma agrária e os direitos dos sem terra. O boné não é uma sigla. É uma ideia, um programa, uma proposta. E nós vemos com simpatia [pessoas de outras ideologias colocarem o boné]”, afirmou Stédile em entrevista ao Diário de Goiás.

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