Em Goiânia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro ficou
em 1,41%, segunda maior alta do ano após a variação recorde de setembro, que foi de 1,03%. É o maior índice do País. A explicação está no grupo de alimentos e bebidas, que no mês de novembro atingiu a maior alta do ano, 3,88%.

No grupo, as altas dos preços mais importantes vieram das Carnes (9,11%), destaque para carne de porco (11,91%), alcatra (11,06%) e contrafilé (9,10%). O aumento, considerando um estado que tem o segundo maior plantel nacional de bovinos – 22 milhões de cabeças, chama a atenção. Mas segundo o chefe do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, o aumento tem uma explicação.

“Analisando as exportações aqui em Goiás, tivemos um crescimento este ano de cerca de 40% dos produtos agropecuários, enquanto as exportações de outros produtos em Goiás cresceram 7%. No caso das carnes, estamos tendo reflexos da gripe suína na China. E todos esses fatores isso tem restringido a oferta de carnes aqui pro Estado”, ressaltou em entrevista ao Sagres em Tom Maior.

O arroz, apesar de apresentar leve aumento em novembro (0,44%), subiu pela quinta vez seguida e já acumula variação de 72,29% no ano. O óleo de soja, por sua vez, subiu 9,29% em novembro e já acumula alta de 81,80% em 2020 até o momento.

Em Goiânia, além da alta do grupo Alimentação e bebidas (3,88%), houve expressivas nas passagens aéreas (8,50%), seguro voluntário de veículo (8,48%), transporte por aplicativo (8,12%), etanol (4,48%) e energia elétrica residencial (3,69%).

“A Enel foi autorizada a reajustar as tarifas de energia elétrica e isso entrou em vigor no dia 22 de outubro. E esse reajuste tem a ver com as planilhas de custo que incluíram a compra de energia da Binacional Itaipu, além de estar vinculada também ao preço do dólar”, explicou Edson Roberto.