Nesta terça-feira (1), a Federação Goiana de Futebol (FGF) confirmou os seus representantes na próxima Copa Verde, confirmada para ser disputada entre 20 de janeiro e 24 de fevereiro de 2021. Além do atual campeão estadual, o futebol goiano também tinha direito a mais três vagas via o Ranking da CBF.

Depois de Aparecidense e Vila Nova se dispuserem a participar do torneio, o Atlético Goianiense também confirmou a sua presença. Por outro lado, o Goiás optou por ficar de fora do torneio. Na temporada passada, o clube esmeraldino foi eliminado nas semifinais para o Cuiabá, que conquistou o troféu em 2019.

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Presença dos goianos

André Luiz Pitta, presidente da FGF, explicou em entrevista durante o programa Hora do Esporte, na Sagres 730, que “ontem foi o último dia de definição para os participantes da Copa Verde, tivemos ontem no final do dia a confirmação do Atlético e já tínhamos tido a confirmação tanto da Aparecidense quanto do Vila Nova, e somente o Goiás achou por bem não participar da competição, abrindo mão da vaga”.

Sem uma explicação formal por sua ausência, o Goiás “só informou que não iria participar da competição, não deu nenhum tipo de explicação. As conversas que tivemos é de que passará por um momento de transição, tem as questões eleitorais e com a situação técnica que vive hoje tem que montar um planejamento bem feito e elaborada para o ano que vem. Essa competição logo no início de janeiro traria algumas dificuldades, então acharam por bem não agregarem mais uma”.

Entenda o torneio

Criado em 2014 como um torneio regional para clubes das regiões Norte e Centro-Oeste, o torneio nunca teve um campeão de Goiás. Nesta temporada, o regulamento teve um modelo mais enxuto, para ser disputado dentro de um mês. Nas duas primeiras fases, os confrontos acontecerão em jogo único, enquanto a partir das quartas de final serão em ida e volta até a definição do campeão, que terá vaga direta à terceira fase da Copa do Brasil.

Segundo Pitta, que também faz parte da diretoria da Confederação Brasileira de Futebol, “a CBF fez esse campeonato um pouco mais apertado, porque, de acordo com os critérios da Copa do Brasil, o campeão da Copa Verde tem uma vaga na Copa do Brasil, então teria que realizar a Copa Verde com urgência. O clube que for campeão terá uma já cota significativa e entrará em uma fase importante da Copa do Brasil”.

Calendário apertado

A respeito do choque de datas com as demais competições, como o Campeonato Goiano, que será retomado em janeiro, enquanto o torneio de 2021 será realizado logo o Brasileirão – rodada final em 24 de fevereiro -, o dirigente ressaltou que “a CBF sempre teve muito interesse que os clubes goianos participem da Copa Verde, até porque sabe da importância que têm para valorizar a própria competição”.

“Estamos entrando com três clubes, um da Série A (Atlético), que traz força para competição, o Vila Nova, da Série C podendo ser da Série B, e também a Aparecidense, que sempre tem feito boas competições. O que fizeram foi criar um formato que não cruzava com as datas do Goiano e do Brasileiro. É óbvio que ficará meio que sobrecarregado para as equipes, principalmente quem estiver jogando o Brasileiro”, frisou.

Por enquanto lado, enquanto o Vila Nova tem um time no Campeonato Brasileiro de Aspirantes, “o Atlético também fez uma avaliação de que, com a não realização da Copa São Paulo, tem uma equipe pronta e que pode trazer uma mescla para o início da Copa Verde. Como o Atlético já está classificado no Goiano, ele tem as duas rodadas finais onde também pode administrar muito bem”.

Confira a entrevista de André Luiz Pitta à Sagres 730 na íntegra