O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Andrey Azeredo (PMDB), concedeu a primeira entrevista exclusiva desde que foi eleito para o cargo. Na manhã desta segunda-feira (13), na Rádio 730, ele comentou sobre a eleição que o elegeu e a respeito da denúncia do Ministério Público de Goiás sobre os gastos da Secretaria Municipal de Trânsito.

Andrey afirmou que a participação de representantes do setor imobiliário em reuniões de vereadores antes da eleição é algo natural da democracia. “A presença e a conversa com outros seguimentos é natural. Isto faz parte do processo democrático. Toda eleição precisa que a gente amplie apoio, converse com todos, mas isto não quer dizer que assim agiremos a mando de quem é que seja”, aponta.

O vereador diz que não foi o setor imobiliário o responsável pela eleição dele para a presidência da Câmara, e sim os 28 parlamentares que votaram nele.

 

Investigações

Atualmente tramitam na Câmara a criação de três Comissões Especiais de Inquérito (CEI). Uma para investigar todos os contratos, licitações, despesas e receitas da prefeitura ao longo dos últimos 8 anos, proposta pelo vereador Jorge Kajuru (PRP). Outra para o transporte coletivo, de Clécio Alves (PMDB) e mais uma para investigar as contas da SMT, de Elias Vaz |(PSB).

De acordo com Andrey, A CEI proposta por Jorge Kajuru recebeu uma emenda do vereador Elias Vaz e está na procuradoria da Câmara para análise. As outras duas até o momento somente colheu assinaturas dos parlamentares.

O presidente da Câmara disse que não viu nenhuma manobra do Paço Municipal até o momento para retirar assinaturas de apoio a criação da CEI. Esta possibilidade foi ventilada porque em parte do período que teria as contas investigadas a prefeitura era comandada por Iris Rezende.

SMT

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou que desde a criação da Secretaria Municipal de Trânsito foram gastos R$ 108 mil oriundos das multas aplicada a condutores para custear cafés da manhã para secretários.

Andrey Azeredo afirmou que no período de nove meses em que esteve à frente da SMT nunca tomou café com verba da pasta. O ex-secretário dá sua versão da situação. “Fala-se que foi gasto R$ 108 mil com café para o secretário. Isto nunca existiu. O que houve foi a compra de pão e leite para lanche dos servidores da SMT. Este contrato existia antes da minha chegada e sei que existia depois, porque isso é legal. Nunca foi feito café da manhã para o secretário Andrey Azeredo enquanto eu estive lá”, destaca.