Os problemas na primeira rodada do Campeonato Brasileiro envolvendo os exames de Covid – 19 de atletas dos clubes das Séries A, B e C, colocaram em dúvida o protocolo da CBF. A demora na divulgação dos resultados por parte do Hospital Albert Einstein, foi o grande problema.
O Goiás Esporte Clube, só ficou sabendo que tinha 10 jogadores contaminados horas antes do jogo contra o São Paulo neste domingo, enquanto o Vila Nova Futebol Clube só tomou conhecimento de que não podia utilizar dois atletas contaminados quando já estava em Manaus para a estreia na Série C, que ainda teve o jogo Treze e Imperatriz adiado por causa do número elevado de contaminados no time maranhense.
“Entendo que um jogo suspenso – Goiás x São Paulo –  e o problema com o laboratório atraiam a atenção e gerem debate, mas foram casos muito específicos em um universo de 25 jogos em todas as séries do Campeonato Brasileiro que se iniciaram neste fim de semana. O balanço é positivo. Tivemos sucessos em todas as outras operações”, disse Walter Feldman, secretário geral da CBF em entrevista para o site UOL.
O dirigente fez questão de ressaltar que a CBF fez tudo o que considera ideal para a retomada do futebol com segurança para os jogadores.
“Não há risco zero. Trabalhamos muito, exaustivamente, em debates com mais de 140 médicos, para montar uma estrutura próxima daquilo que consideramos o ideal. Diante de tudo, o mais importante é que nenhuma vida de atleta foi colocada em risco. Onde tivemos problemas com datas e laboratórios terceirizados daquele hospital que é nosso parceiro, claro, suspendemos os jogos. Esperamos resultado, prova, contraprova e, diante da confirmação dos casos e da impossibilidade de ter a reposição dos jogadores decidimos que não teria jogo”, completou Feldman.
Mesmo com o protocolo de segurança na primeira rodada, a CBF descarta acabar com a parceira com o hospital Albert Einstein, que admitiu falhas nos exames de Goiás e Vila Nova.
“O Hospital Israelita Albert Einstein identificou uma falha técnica na coleta das amostras, feita em um laboratório parceiro em Goiás, para realização de teste RT-PCR em atletas e equipes dos clubes Vila Nova e Goiás. Solicitou, portanto, novas amostras antes do processamento dos exames”, explicou em nota.