Não foi só o presidente Adson Batista que ficou na bronca com o árbitro Dyorgines José Padovani, do Espírito Santo, após a derrota do Atlético-GO para o Cuiabá na noite desta quarta-feira (21) na Arena Pantanal. Em partida atrasada da terceira rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, o Dourado fez 2 a 1 a equipe rubro-negra e conquistou sua segunda vitória na competição. Já o clube goiano completou quatro rodadas sem vitórias e vem de duas derrotas consecutivas.

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O revés, no entanto, foi colocado ‘na conta’ da arbitragem. Principalmente pela expulsão do volante Willian Maranhão aos nove minutos do primeiro tempo, cinco depois de Pepê abrir o placar para o time mato-grossense.

“Todo mundo viu e não existe dúvida com relação ao que acabou de acontecer no jogo. É evidente que a expulsão do Willian Maranhão foi equivocada, é evidente que a arbitragem comprometeu diretamente o jogo. Eu tenho 18 anos como treinador de futebol e nunca fui expulso na minha vida, nunca tomei cartão amarelo em jogo de Série A e Série B de Campeonato Brasileiro. Falar da arbitragem nesse jogo é até difícil diante do que aconteceu”, disse o técnico Eduardo Barroca.

O treinador, assim como o médico Avimar Teodoro, foi expulso na etapa final. Segundo ele, a ação foi pedir para um gandula a bola para reiniciar a partida após o segundo gol do Cuiabá, o que foi negado pelo profissional. De acordo com Barroca, o quarto árbitro Jean Marcelo Latorraca Ferreira, que apita por Mato Grosso, chamou o árbitro da partida e solicitou a expulsão do comandante rubro-negro.

O comandante atleticano ainda isentou os atletas da derrota e de uma avaliação técnica mais profunda. “Os jogadores estão se dedicando, a gente viu com um a menos praticamente os 90 minutos o Atlético-GO foi competitivo e buscou o empate. Os atletas estão lutando, a Série A é difícil realmente, e temos que entender que não podemos criar uma expectativa equivocada diante do cenário. Hoje era um jogo para a gente pontuar diferente, mas óbvio que temos que analisar o que aconteceu em campo com a arbitragem terrível que influenciou e participou diretamente. É difícil até opinar sobre qualquer coisa tática ou técnica, sobre o calor do adversário, fazer avaliação com essa arbitragem terrível”.

Por fim, Eduardo Barroca cobrou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quanto as árbitros que são escalados para os jogos do Atlético-GO. Na visão do técnico as partidas envolvendo o time goiano precisam de arbitragens mais ‘renomadas’

“Vale ressaltar que fizemos 12 jogos na Série A e desses, tivemos apenas um árbitro FIFA. Série A não é para fazer estágio de arbitragem, para fazer teste. Série A vale muita coisa. Eu peço para que vocês (imprensa) levantem o histórico dos árbitros que têm apitado nosso jogos. Tirando o Wagner do Nascimento (Magalhães) que apitou contra o Juventude, não tivemos nenhum árbitro de nome para apitar nossas partidas na Série A, isso é inadmissível. O Atlético-GO precisa ser respeitado nesse sentido e precisamos falar isso publicamente”, disparou o treinador.

Além do duelo contra o Juventude em Caxias do Sul que contou com a arbitragem do carioca Wagner do Nascimento Magalhães, o Dragão teve outra partida com arbitragem FIFA, que foi na goleada sofrida para o Atlético-MG na oitava rodada, sob o comando do árbitro Flávio Rodrigues de Souza de São Paulo.