O prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela, morreu na UTI no Hospital Albert Einstein, em são Paulo, às 4h10 desta quarta-feira (13). A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do emedebista. A equipe médica precisou aumentar as doses dos medicamentos para controlar a infecção pulmonar que se agravou na semana passada e nesta madrugada ele não resistiu.

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Maguito, que estava internado desde o dia 22 de outubro, será sepultado em Jataí, onde nasceu. O sepultamento está marcado para às 9h desta quinta-feira (14). Nesta quarta, ele será velado na frente do Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.

Em agosto do ano passado, Maguito perdeu duas irmãs para o coronavírus. No dia 19 de agosto, Nelma Vilela Veloso, de 76 anos, faleceu após complicações da Covid-19. Algumas comorbidades como diabetes e problemas pulmonares agravaram o quadro.

A irmã mais velha, Nelita Vilela, de 82 anos, também faleceu 9 dias depois. Ela ficou internada por mais de duas semanas em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Jataí.

LUTA CONTRA A COVID-19

O prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela (MDB) lutou contra as complicações da Covid-19 durante 80 dias. No final do ano passado, Maguito havia apresentado uma melhora significativa. À Rádio Sagres 730, o médico Marcelo Rabahi chegou a dizer que ele já escolhia filmes e assistia aos jogos de futebol. No início do ano foi até levantada a possibilidade de Maguito colocar um aparelho que o ajudaria na fala.

Na semana passada, Maguito apresentou uma piora do quadro após uma infecção pulmonar e voltou a ser totalmente sedado. Desde então, ele lutava para sobreviver.

TRATAMENTO

Maguito Vilela testou positivo para o coronavírus dia 20 de outubro, três dias depois foi internado no Hospital Órion, em Goiânia, mas já no dia 26 foi transferido para a UTI na unidade em Goiânia. Para ter um melhor tratamento, Maguito foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

No dia 30 de outubro, o emedebista foi intubado, permanecendo assim até o dia 8 de novembro. Porém, no dia do 1º turno das eleições municipais, tiveram que recorrer novamente ao procedimento, mas para fazer uma broncoscopia. No dia 17, iniciou um outro tratamento, a diálise e começou a utilizar ECMO – Oxigenação por Membrana Extracorpórea.

Uma traqueostomia foi feita no dia 24 de novembro por causa do tempo de intubação, logo depois foram feitos dois teste de Covid-19. Como os resultados deram negativos, Maguito Vilela foi transferido para UTI comum. Já no dia 5 de dezembro, foi retirada a ECMO. A respiração estava estável e não era necessário o uso do aparelho.

Entretanto, o quadro se reverteu e no dia 11 de dezembro. O político fez uma cirurgia de emergência para controlar um sangramento pulmonar – uma videotoracoscopia. Como a drenagem foi insuficiente para conter o caso, esse procedimento minimamente invasivo foi solicitado e funcionou.

No dia 30 de dezembro, Maguito já apresentava melhora significativa. Ele já escolhia os filmes para assistir e gostava de ver futebol. No dia 2 de janeiro de 2021, Maguito passou a usar o Bipap, um aparelho de ventilação portátil que faz com que não precise haver suporte ventilatório no paciente.

No dia 7 de janeiro, uma nova infecção pulmonar foi constatada. Desde então, a equipe médica manteve o emedebista totalmente sedado. Nesta terça-feira (13), ele não resistiu às complicações e morreu na UTI.