Jair Bolsonaro em Israel, durante homenagem a vítimas do Holocausto (Foto: Reprodução/AFPTV)

Jair Bolsonaro (PSL) endossou nesta terça-feira (2) as declarações do chanceler e ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. No último dia de visita a Israel, onde cumpre agenda internacional, o presidente da República disse não haver “dúvida” de que o nazismo foi um regime de esquerda.

“Não há dúvida, não é? Partido Socialista, como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional Socialista da Alemanha”,  respondeu, ao ser questionado por um jornalista em Jerusalém, após visitar o museu do Holocausto Yad Vashem, onde homenageou as vítimas do genocídio.

O local preserva a memória do regime cujos estudos apontam ter sido um movimento radical de direita. O próprio site do museu traz esta informação. Comandado por Adolf Hitler nas décadas de 30 e 40, o nazismo causou a morte de 6 milhões de pessoas.

Segundo a Revista Fórum, um dos veículos que cobriu a viagem de Bolsonaro, o peselista também foi questionado sobre o fato de o museu publicar que o nazismo é um movimento de extrema direita.

“Olha, para com isso. Nós estamos fora do Brasil. Foi uma pauta positiva. Eu quero tratar vocês com o respeito que vocês merecem. Essas perguntas menores é pra dar manchetes negativas em jornais. Não vou responder isso aí, no Brasil eu respondo pra vocês. Aqui a pauta foi positiva”, fugiu.

O presidente brasileiro também repetiu uma citação divulgada pelo Palácio do Planalto nas redes sociais no último domingo (31), primeiro dia da viagem da comitiva nacional a Israel. “É uma frase minha, que creio que cabe neste local, onde fazemos um exame de consciência: Aquele que esquece o seu passado está condenado a não ter futuro”. Eu amo Israel”, disse o presidente.

No último sábado (30), o ministro Ernesto Araújo afirmou em um blog que nazismo foi um “fenômeno de esquerda”.