Após determinação da presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGPA) realizou nesta sexta-feira (12) nova vistoria na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O pedido foi feito após rebeliões ocorridas no inicio do ano, nas quais nove presos foram mortos, 14 ficaram feridos e mais de 240 fugiram.
A vistoria foi acompanhada por representantes do Ministério Público Estadual (MP-GO), da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Goiás (OAB-GO), e Defensoria Pública. Durante a inspeção foram encontrados diversos objetos, como celulares, facas, “chuchos”, seguetas e até facões.
De acordo com o superintendente de Segurança Penitenciária da DGPA, Jonathan Marques da Silva, a partir de agora, as inspeções terão mais rigor a fim de inibir a entrada de objetos, como armas e celulares no presídio.
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Após a visita, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Criminal do MP-GO, Luciano Miranda Meirelles, afirmou que o Estado não tem competência para gerenciar os presídios.
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No Complexo Prisional do Regime Semiaberto, são 427 internos bloqueados e 474 não bloqueados, que são os que saem durante o dia para trabalhar e retornam à noite para o presídio. O promotor de Justiça ressalta que o local não suporta esse número de presos, mas enfatiza que os detentos não podem ser liberados.
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Em relação a melhorias no sistema, o diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Edson Costa, destaca que um novo complexo prisional será construÍdo em breve pelo governo do Estado.
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Com informações do repórter Jerônimo Junio