(Foto: Sagres On)

Do pó temos a matéria, o sopro divino entre as narinas e o fôlego da vida. Ao criador toda honra e toda glória… Da grama temos o jogo, do sopro humano no apito nasce a dicotomia paradoxal da própria existência do árbitro: um gatuno na essência, um desonrado nato! Pobre de quem defenda a imperfeição inerente humana. O árbitro nasceu da escória do esporte, uma fusão do erro com o duvidoso. Em briga de marido e mulher não se mete a colher já diz o ditado…

No imbróglio da bola redonda o árbitro leva a faca nas costas. Entende da regra profana, polui a atmosfera, provoca o aquecimento global além de arrancar as calotas da esfera circular… Em suas roupas íntimas a cor da paixão latente no imaginário do torcedor… Ofendem as genitoras dos assopradores, morrem de ri das milhares de donas Marias, das Fatimas ou das Genis…

Atirem a primeira pedra ou o que for capaz!!! O sujeitinho é tão nefasto que nem a ferramenta mais eficaz o faz proVAR o gosto da justiça! Bandos de cegos e larápios sem escrúpulo! Ora bolas conseguem mover a seu bel prazer e paixão clubista as lentes dos olhos “impiscaveis”… Imprestáveis de uma figa! Não têm coração e piedade de ninguém.

Santo é o jogador que são exemplos para as crianças. Formadores de moral e princípios da sociedade e que aceitam e entendem as regras do jogo. A prova dos nove se transforma em debate… Quem sabe a inteligência artificial possa acabar com essa celeuma. Isso mesmo, Deveriam extinguir essa trupe de assopradores e levantadores de toco da convivência humana.

Árbitropitecus do sistema tático híbrido moderno do futebol. A fogueira já esta acesa. Cortem as lenhas para alimentar o fogo e consumi los vivo sem direito de imagem ou indicadores acrobáticos no ar, além é claro do cochicho no ouvido…. O sinal da telinha deveria ser substituído pelo formato do coração…

Quem sabe enviasse a mensagem para a razão do sistema. Quem sabe pudéssemos usufruir da mudança de postura ou de uma nova cultura… Todos gritam gol e não agradecem o verdadeiro sentido da bola na rede…

“Eu tenho um sonho” já dizia a frase que ecoou na busca de igualdade e justiça e realmente o meu sonho não se pode por em dúvida, continuarei descalço no tapete verde do futebol assoprando o fôlego que ainda me resta!!!

Fabrício Vilarinho é professor de Geografia e árbitro assistente da FIFA.