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Devido à pandemia do novo coronavírus, a Arquidiocese de Goiânia divulgou nesta quarta-feira (18) comunicado em que obriga os sacerdotes a celebrar a missa na forma “sine populo”, ou seja, sem a presença do povo. A igreja dispensou os fiéis da obrigação de participar presencialmente das celebrações e recomendou que os católicos acompanhem o rito, durante o período, pelos meios de comunicação, como TV, internet e rádio.
A nota assinada pelo Arcebispo Metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz, destaca que “ao proteger-me, protejo os mais fracos e os mais expostos”, que são os idosos, adultos frágeis e as crianças doentes, e explica que a prevenção é o sentido para qualquer cancelamento ou adiamento de ações da Igreja Católica em Goiânia.
“A experiência deste mal comum nos revela a importância do bem comum. Por isso mesmo, evitemos abrir brechas na barragem de contenção do coronavírus, com escolhas irresponsáveis, e obedeçamos às disposições restritivas das autoridades competentes, comportando-nos com cautela e responsabilidade”.
A nota destaca ainda que a pandemia de Coronavírus “ exige atitudes concretas e eficazes” para diminuir o ritmo de disseminação da doença. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Goiás, confirmou 12 casos no Estado, sendo cinco em Goiânia, três em Rio Verde, dois em Anápolis e um em Aparecida de Goiânia. Há ainda 230 casos suspeitos em análise.
A Arquidiocese de Goiânia ressaltou a importância do trabalho dos especialistas e autoridades civis competentes para o combate ao coronavírus. “Eles devem ser percebidos como instrumentos de Deus para o bem do povo, conforme Eclesiástico 38,9.12: “Meu filho, se estiveres doente não te descuides de ti, mas ora ao Senhor, que te curará (…). Em seguida dá lugar ao médico, pois ele foi criado por Deus, que ele não te deixe, pois sua arte é necessária”;”, diz a nota.
A decisão da Igreja Católica deve ser atendida pelos sacerdotes e fiéis até 3 de abril. Até lá, as igrejas devem permanecer abertas “para a adoração ao Santíssimo Sacramento e exercícios espirituais de forma particular (não em grupos)”. Os padres também deverão atender confissões, guardando os devidos cuidados de acordo com as orientações da Vigilância Sanitária. Há também uma recomendação para os sacerdotes idosos, com doenças crônicas, para que se afastem de aglomerações, não atendam confissões e nem visitem enfermos neste período.
Por fim, a Arquidiocese de Goiânia reforça o pedido das autoridades civis para o isolamento social em casa e recomenda que os católicos “aproveitem este tempo para aprofundar a oração, a leitura da Bíblia, a meditação, o Santo Rosário, o diálogo familiar sobre os temas religiosos, fomentando um tempo de catequese familiar como uma pequena Igreja doméstica”.
Dom Washington Cruz pediu que os fiéis não se deixem arrastar paras as trevas do medo por causa da pandemia de coronavírus. “Que ela desperte em todos nós o santo temor de Deus, isto é, o sentido da minha responsabilidade, pois tenho que responder diante de Deus pelo que faço com a minha vida e com a vida dos meus irmãos”.
Confira a nota da Arquidiocese de Goiânia
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