O Brasil é um dos países com maior potencial de inovação no mundo, mas a carência de mão de obra especializada pode prejudicar sua capacidade de aproveitar este potencial e as vantagens da tecnologia. Para uma prosa tecnológica, recebi o diretor da Associação Comercial da Bahia e do Sindicato das Empresas de Tecnologia da Informação, Elton de Goes Almeida, que esteve em Goiânia nesta semana.

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Elton também é presidente do CAP-TI, uma associação de canais de alta performance, que nesta quarta-feira, dia 13, o II Fórum de Canais em Goiânia, na sede da Acieg. O papo também teve a participação do presidente do Sindinformática e vice-presidente da Fecomércio, Marco César Chaul, que participa do Fórum.

Elton é um veterano em TI, com quarenta anos na área, e vem acompanhando as evoluções tecnológicas. Ele conseguiu unir representantes de diversas instituições no Fórum de Canais de Goiânia para discutir com gestores, técnicos e profissionais de TI as soluções para as demandas corporativas que afligem empresas e instituições.

Marco Chaul tem uma trajetória de vida aliada à tecnologia. Da engenharia civil, passou por processamento de dados, engenharia da computação e uma série de especializações na área.

Mas, o que será que esse pessoal de TI tem pra oferecer?

A TI vem se popularizando e este presente na vida de todos. Em praticamente todos os produtos que consumimos, a TI está presente. Conforme Elton, a TI está cada vez mais incorporada nos negócios. “Pra você ser bem-sucedido na área de TI, você precisa entender de negócios e oferecer um diferencial competitivo”, destaca.

O grande problema da TI é a falta de gente qualificada. Neste aspecto, tanto o Elton quanto o Chaul concordam. Uma vez que a área de TI cresce em todos os setores produtivos, os currículos acadêmicos não conseguem acompanhar a velocidade das transformações do mercado.

Marco Chaul destaca ainda que falta mão de obra técnica e crítica, gente com ideias e bom relacionamento. A concorrência mundial por esses profissionais também tem levado muita gente a trabalhar para empresas estrangeiras.

O Sindinformática está “caçando” talentos nas escolas, com um projeto que recruta alunos do ensino médio e oferece cursos técnicos ou gerenciais em Tecnologia da Informação, com imersão em empresas do setor, para que novos profissionais surjam e se desenvolvam. Mas o projeto abre espaço para pessoas de todas as idades, que queiram ingressar nesta área profissional. Então, fique fígado!

Elton Almeida que o mercado de TI é globalizadíssimo, assim como a concorrência por bons profissionais. Se por um lado, sua empresa na Bahia precisa oferecer salários compatíveis com os de empresas europeias, por outro, tem a oportunidade de contratar jovens que muitas vezes não têm como se mudar para grandes centros urbanos, mas que têm talento e determinação.

Para quem tem mais de 50 anos, ao contrário de outras áreas mais tradicionais do mercado, na TI é visto como um diferencial positivo, analisa Elton. “Eles têm habilidades de relacionamento com as pessoas, paciência e outras capacidades que adquiriram com a experiência de vida. Tenho dois funcionários que eram aposentados e voltaram pro mercado agora na área de tecnologia”, comenta.

5G

Chaul destaca que o cenário da tecnologia 5G em Goiás vem para modificar a maneira como trabalhamos. É preciso uma legislação competente e equipamentos. O diferencial, ressalta, não é apenas a velocidade da internet, mas a quantidade de equipamentos que poderão ser conectados a uma mesma rede para funcionarem em conjunto. “No agro, por exemplo, mesmo com uma capacidade baixa de transmissão via internet, a tecnologia de 5g de comunicação entre equipamentos será possível”, pontua

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