Adson Batista (Foto: Reprodução/Twitter)

O Atlético Goianiense comemora nesta quinta-feira (2) 83 anos de história, 14 sob o comando de Adson Batista. Atualmente presidente executivo do clube, ele chegou ao CT do Dragão em 2005 como diretor de futebol e levou o rubro-negro ao título da Divisão de Acesso daquele ano encerrando um jejum e o período mais complicado da trajetória da equipe campineira.

De lá para cá foram cinco títulos estaduais, um Brasileirão da Série C e um da Série B, além de dois acessos e cinco temporadas na elite do futebol brasileiro –contando com a edição 2020. Em entrevista à Sagres 730, o dirigente comemorou mais um aniversário à frente da instituição e destacou o crescimento do clube nestes anos.

“Estou muito orgulhoso de estar à frente do Atlético nestes 14 anos que foram anos importantes para o clube. Neste período o time mudou não de patamar, mas sim de patamares, porque saiu do ostracismo para ser um clube que tem espaço no futebol brasileiro. O Atlético hoje é um modelo de gestão, não está acomodado, procura a cada dia crescer em todos os sentidos e está no caminho certo”, afirmou Adson.

Considerado por muitos o principal dirigente neste ressurgimento do Atlético, o presidente diz saber de sua contribuição para o processo evolutivo do clube, mas que deixa essa avaliação para torcedores e jornalistas.

“Neste período nós buscamos deixar muitos legados, sem vaidade e sem querer aparecer mais do que ninguém e sempre colocando o Atlético na frente de tudo. Sinto que fui muito importante, mas eu espero que os torcedores e vocês possam avaliar a minha importância. Eu sei que nós participamos de tudo, mas deixo que essa avaliação seja feita por vocês”, disse.

Ex-jogador, Adson Batista iniciou sua carreira fora das quatro linhas no Grêmio Inhumense que mais tarde mudaria de cidade dando origem ao Grêmio Anápolis. Sua chegada ao Dragão teve a participação do atual presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, que na época era diretor técnico da FGF o indicou Adson ao clube rubro-negro.

Apesar da história que construiu e de ter se consolidado como o principal dirigente atleticano da década, Adson não teve total apoio no início de sua trajetória.

“Quando eu cheguei aqui, vim sob muita desconfiança e tinha gente que não acreditava. Eu tive que quebrar muitas barreiras para conseguir ter o respeito, para as pessoas enxergarem em mim uma pessoa séria, organizada e que queria fazer do clube o grande protagonista. Isso foi dando certo, apareceram pessoas que acreditaram, que viram que as coisas eram feitas com transparência e honestidade, e com isso conseguimos conquistar espaço e respeito de muitas pessoas”, explicou.

A desconfiança surgiu principalmente pelo momento que atravessava o Atlético. O clube vinha de um intervalo de 14 anos sem títulos, já que o último havia sido em 1990 com a conquista da Série C.

“Naquele momento o Atlético estava muito fragilizado, ninguém acreditava. Mas nós conseguimos montar grandes equipes, grandes atletas passaram por aqui e tivemos muitas conquistas. O Atlético tinha nove títulos goianos e com a nossa chegada conquistamos mais seis, claro com a ajuda de muitas pessoas mas sempre liderando tudo, sabendo conduzir o dia a dia do futebol e sabendo administrar os problemas”.

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Adson com o título da Série B de 2016 (Foto: Reprodução/Instagram)

Situação bem diferente do que ele encontra agora como presidente executivo da equipe. “Hoje vejo o Atlético no futebol brasileiro como um clube muito respeitado, que tem nome e que sabe enfrentar seus problemas”.

Depois de muitos desafios, problemas e títulos conquistados nos últimos 14 anos, Adson Batista consegue enxergar um Atlético ainda mais evoluído nos próximos cinco anos.

“Eu espero poder esperar muita coisa porque a cada ano que passa o Atlético cresce em alguma coisa. Nós temos projetos e objetivos. Eu espero que ao longo de cinco anos nós possamos ter feito o Atlético bem maior do que foi há cinco anos. Comparando com hoje nós crescemos muito, fomos campeões da Série B, conquistamos o acesso para a Série A duas vezes e eu tenho certeza que o clube subiu muito de patamar nesse período. Nós conseguimos evoluir em estrutura, metodologia de trabalho, conceitos e eu espero que isso tudo possa acontecer daqui cinco anos”.

Ouça na íntegra a entrevista de Adson Batista sobre os 83 anos do Atlético Clube Goianiense:

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