Na última sexta-feira (22) o Goiás Esporte Clube recebeu a liberação do Estado de Goiás para executar reformas no Estádio Serra Dourada visando a campanha esmeraldina no Campeonato Brasileiro da Série A em 2019. O acordo foi feito por meio de um termo de cooperação com doação e o time alviverde deve desembolsar R$ 600 mil, com previsão de conclusão das obras para o fim de abril.

Durante a coletiva de imprensa do presidente do Goiás, Marcelo Almeida e do secretário de Esporte e Lazer, Rafael Rahif, o que chamou a atenção foi a ausência de um carrinho para corte de grama. Segundo Rahif, a máquina está sendo utilizada pelo Atlético no Centro de Treinamentos do setor Urias Magalhães.

Carrinho de cortar grama no CT do Atlético (Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

“É verdade, essa máquina foi cedida e está lá no Atlético Clube Goianiense. Nós estamos nas tratativas para fazer o acerto, ou acertar com eles para que ela volte ou permaneça lá. Nós temos que fazer um documento legal para que isso aconteça. Ela foi cedida para lá legalmente, mas o documento já está vencido e portanto nós pedidos para que a máquina voltasse. Estamos resolvendo isso com essa tratativa”, afirmou o secretário.

Em contato com a Sagres 730, Sebastião Santana, vice-presidente do time rubro-negro, explicou que foi feito um acordo de comodato – empréstimo gratuito de coisa não fungível, que deve ser restituída no tempo convencionado pelas partes- com a Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras) quando o Estádio Olímpico precisou de alguns ajustes para receber partidas da Série B em 2016.

“Quando terminamos as reforma do campos do CCT e fomos assumir o Olímpico para jogos da série B nós tínhamos encomendado a compra um carro para corte de grama para Centro de Treinamento, da empresa John Deen no valor de R$ 230 mil. No entanto, com a vistoria da CBF, do Corpo de Bombeiros e também da Prefeitura de Goiânia apareceram várias intervenções a fazer para liberar o Olímpico para os jogos. Nisto, foi feita uma reunião com a Agetop e a mesma disse que não tinha verba para estas intervenções e propôs uma solução que era um comodato do cortador de grama deles que não estava sendo usado naquele momento. Assim, nós faríamos as obras e eles fariam um contrato de comodato com o Atlético, com o dinheiro da compra sendo usado para pagamento das obras e o clube ficando com o cortador de grama para ser usado no CT”, explicou Sebastião Santana.

Segundo o dirigente do Dragão, a compra do carrinho foi cancelada e o dinheiro utilizado para fazer os reparos no Estádio Olímpico. Em um primeiro momento, o clube gastou R$ 126 mil e depois mais R$ 141 mil para mais adequações de exigências da CBF. Sebastião reiterou o fato de que o contrato venceu, mas que tudo foi feito legalmente.

“Este contrato que fizeram venceu no final deste ano (2018) e tínhamos a palavra deles de que teria a renovação. Estamos buscando o cumprimento do acordo e este processo está em andamento junto à Agetop. Resumindo, nós gastamos o nosso dinheiro e agora está tendo toda esta repercussão. Isto foi um processo legal e foi uma solução encontrada para o momento”.

Sebastião afirmou ainda que o Atlético busca a renovação do contrato de comodato, mas se isso não acontecer, o clube devolverá a máquina ao Estado.