Duas jovens bailarinas foram selecionadas em Goiás e estão entre os 87 participantes da maior competição de dança do mundo, o Prix de Lausanne. Além das bailarinas da escola goiana, apenas mais três talentos brasileiros estão entre os selecionados para a competição na América Latina.

As bailarinas são Lúcia Abril Marcucci de 16 anos, e Ana Luísa Negrão, 18 anos, e fazem parte da Escola do Futuro do Estado de Goiás (EFG) em Artes Basileu França, do Governo de Goiás. A competição ocorre na Suíça, entre 29 de janeiro e 6 de fevereiro. A instituição goiana é a única pública do país a ter representantes no Prix.

Lúcia Abril Marcucci nasceu na Argentina e está em Goiânia desde 2021. Ela começou a dançar balé aos 3 anos. Teve como professora a mãe, Sandra Racedo, e aos 13 anos entrou na escola Seminário Nora Irinova de Córdoba.

“O Basileu tornou-se minha casa, compartilho e aprendo muito com os colegas, tenho a oportunidade de dançar com bailarinos de prestígio internacional”, afirma Abril, que concorrerá na categoria júnior no Prix.

Já Ana Luísa tem 18 anos e participa da categoria sênior. Ela também começou no balé aos 3 anos e é aluna da EFG em Artes Basileu França Basileu desde os 5 anos.

“A dança requer muito esforço e dedicação, e sei que irão surgir vários desafios no caminho. Mas sempre digo: ‘nunca desista e sempre dê o seu melhor para que consiga alcançar o seu sonho”, contou Ana Luísa.

Pré-seletiva

A pré-seletiva da América Latina para a competição ocorreu em setembro do ano passado, quando Lúcia Abril faturou o primeiro lugar e Ana Luísa Negrão ficou na terceira posição. No total, 87 dançarinos (46 do sexo feminino e 41 do masculino) de 18 países participam do Prix de Lausanne 2023. As outras três escolas que tiveram talentos selecionados para a edição deste ano são particulares e ficam nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Fotos: Gabriel Alexandria

De acordo com a coordenadora de dança do Basileu França, Simone Malta, um concurso como esse requer muito esforço físico, qualidade técnica e artística. “Por isso, separamos uma equipe de profissionais, como psicólogo, nutricionista, fisioterapeutas, maítre de Ballet, professores de contemporâneo e ensaiadores, a fim de dar às nossas representantes todo o apoio necessário para que possam competir em pé de igualdade com os outros concorrentes”, detalha Simone.

Prix de Lausanne 2023

A edição desde ano marca os 50 anos do evento, criado em 1973 com o objetivo de descobrir, promover e apoiar jovens talentos, com idade entre 15 e 18 anos, ao redor do mundo. “Este é o maior concurso de bailarinos do mundo e ter duas representantes da escola reforça a qualidade da educação profissional e evidencia o trabalho técnico e artístico de uma equipe engajada”, diz a coordenadora.

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