O deputado federal Roberto Balestra (PP) concedeu, nesta terça-feira (18), uma entrevista exclusiva à Rádio 730, na qual deixou em aberto a possibilidade de continuar na vida pública em 2018.

Há alguns meses, o parlamentar cogitou a possibilidade de aposentadoria política, na mesma época em que afirmou discordar do modo como o senador Wilder Morais (PP) estava conduzindo a presidência do PP.

Com a repercussão gerada pela declaração do deputado, representantes do PP no interior do estado, como os prefeitos Issy Quinan, de Vianópolis, e Abelardo Vaz, de Inhumas, chegaram a se reunir com Roberto Balestra para tentar convencê-lo a mudar de ideia. Balestra, ao que tudo indica, ouviu os colegas de partido e disse que se precipitou ao anunciar o desejo de aposentar-se. “Há uma forte pressão para que eu continue. Apesar de eu ter dito que continuaria trabalhando com o mesmo afinco até o término do mandato, eles insistem para que eu continue. Me arrependi porque nunca tinha antecipado uma posição justamente por causa dessa situação”, ressalta.

Além de rever o encerramento da carreira, Roberto Balestra não descartou a possibilidade de candidatar-se novamente a deputado federal. Em março deste ano, ele havia dito que só se candidataria ao cargo de senador, acirrando ainda mais a disputa com Wilder Morais, que tem o apoio do governador Marconi Perillo (PSDB). “Eu não sei nem se vou disputar alguma coisa. O futuro só a Deus pertence”, resume Balestra.

Questionado sobre as divergências com Wilder, ao contrário da postura que manteve em entrevistas anteriores – quando disse que o senador não tinha legitimidade para presidir o PP – Balestra não fez críticas. “Eu disse que o partido foi vendido, nunca disse que ele (Wilder) comprou. Ele está tendo oportunidades que se ele souber aproveitar, será candidato. Mas isso vai depender da Convenção”, avalia.

Confira a entrevista na integra:

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