O Banco Mundial escolheu no mês passado Carmen Reinhart como sua nova economista-chefe. Nascida em Havana em 1955, quatro anos antes da Revolução, a cubana-estadunidense especialista em crises econômicas e ex-subdiretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) mudou-se com a família de Havana para os Estados Unidos quando tinha apenas 10 anos de idade.
De acordo com o presidente do Banco Mundial, David Malpass, Reinhart chegou em momento no qual a instituição tenta impulsionar esforços para voltar a crescer e enfrentar a crise que atinge muitos dos países-membros por conta da pandemia.
Quem está próximo de trabalhar com Reinhart é o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que anunciou na última quinta-feira (18) que deixaria o cargo. Ele viajou para os Estados Unidos com o argumento de que foi convidado para assumir um cargo na direção do Banco Mundial.
Economistas, empresários e intelectuais reagiram e escreveram uma carta ao banco desqualificando Weintraub, para que o mesmo não seja escolhido para assumir o posto. O documento foi assinado por 15 associações e mais de 130 personalidades e enviado a embaixadores de oito países-membros, contra a indicação do ex-ministro.
Enquanto esteve no Ministério, Weintraub mencionou o país da América Central por diversas vezes de forma negativa. No ano passado, o então ministro disse que preferia ser atendido por médicos brasileiros a profissionais cubanos.
“Prefiro ser atendido por médicos brasileiros no país. Até hoje nunca visitei Cuba por uma razão: para não dar dinheiro para um ditador. Enquanto o povo cubano não for livre, não piso em Cuba”, disse Weintraub à época.
Para assumir o cargo de diretor, o nome de Weintraub precisa ser aprovado por países como Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago.
Neste domingo (21), o ex-ministro publicou vídeo do que seria o último gesto à frente da Pasta da Educação. Último ato antes de sair do MEC. Nossa Bandeira é a LIBERDADE! E NUNCA será vermelha! Todo apoio ao Presidente @jairbolsonaro!”, tuitou.
Último ato antes de sair do MEC.
Nossa Bandeira é a LIBERDADE!
E NUNCA será vermelha!
Todo apoio ao Presidente @jairbolsonaro! pic.twitter.com/AiJEnSwlhK— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 21, 2020