Modalidade olímpica desde Tóquio 2020, o basquete 3 x 3 ganha espaço. Com competições por todo o mundo reconhecidas pela FIBA – Federação Internacional de Basquete – o esporte, originário das ruas dos Estados Unidos, também tem seus praticantes no Brasil.

Em Goiânia, um dos grupos de praticantes do basquete 3 x 3 treina na quadra do tradicional colégio Lyceu, no centro da Capital. Com equipes na categoria feminina e masculina, a AEGB – Associação Esportiva Goiana de Basquetebol – é uma das entidades que fomentam a modalidade.

“Nós treinamos pelo menos duas vezes por semana. Nós e as meninas jogamos juntos. Não faz muito tempo que comecei, mas estou contagiado pela dinâmica do jogo”, disse Arthur Magnabosco, atleta da AEGB, que participou do podcast Debates Esportivos ao lado de Hemerson da Silva, com quem joga junto.

“Jogo basquete desde os oito anos. Antes praticava o tradicional, mas hoje sou apaixonado por esse esporte”, salientou Hemerson, que começou no esporte praticando atletismo na tradicional praça de esportes do setor Pedro Ludovico, em Goiânia.

Regras

Diferente do basquete de quadra (5 x 5), o 3 x 3 é composto com equipes de 4 atletas, com um na reserva. O jogo é disputado em apenas um tempo de 10 minutos cronometrados ou 21 pontos. Dessa forma, vence quem alcançar a pontuação primeiro. Uma outra diferença do basquete tradicional está no valor dos pontos: a cesta normal, dentro da linha dos três, vale um; enquanto atrás da linha dos três, equivale a dois.

“Uma diferença que chama a atenção, é que no basquete 3 x 3 geralmente é permitido um pouco mais de contato, talvez pelo fato de vir do basquete de rua. A regra em si não muda, mas a arbitragem deixa o jogo correr um pouco mais quando comparamos com o tradicional basquete 5 x 5, de quadra”, destacou Arthur, que também lembrou que as equipes não contam com o técnico na beira de quadra e que apenas um tempo técnico é permitido durante o jogo.

Foto: Jucimar de Sousa/Prefeitura de Goiânia

Organização

Assim como outras modalidades menos populares, o basquete 3 x 3 ainda sofre com falta de apoio, embora tenha conquistado a “vaga olímpica” e conte com um calendário de competições, no entanto, a maneira como é feita gestão da categoria pela FIBA – onde todos os campeonatos organizados e informados através do site da entidade – contam para um ranking, é uma maneira de expansão da categoria.

“Ainda falta investimento, mas gosto da maneira como a FIBA está fazendo a gestão do basquete 3 x 3, com essa possibilidade dos campeonatos serem reconhecidos sem precisar da chancela das federações, obedecendo um ranking de importância (pontuação), tem dado um estímulo para quem joga”, completou Arthur, que assim como Hemerson, lamentou a falta de quadras de qualidade em Goiânia.

“Esse é o nosso problema aqui. jogamos muitos campeonatos em que a quadra escorrega muito. precisamos ter um certo atrito, porque assim prejudica muito o nosso jogo”, explicou Hemerson.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 3 – Saúde e bem-estar.

Debates Esportivos

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