Sempre que há uma crise, as criptomoedas voltam a ser assunto nos jornais. A mais famosa delas, o bitcoin, foi criada com a iniciativa de unificar todas as moedas. Porém, o mestre em economia Luiz Ongaratto explica que isso não é uma questão tão simples, considerando que quando um país deixa de ter a sua própria moeda, ele renuncia à sua política monetária e fica apenas com a fiscal.

É através da política monetária que um país controla sua taxa de juros e câmbio para tornar o país mais ou menos competitivo no cenário internacional ou em relação ao setor que ele deseja. “Se a gente pensar, a China, uma das maiores economias do mundo – será a maior economia do mundo em poucos anos –, ela não vai querer abrir mão da política monetária dela porque é um dos instrumentos de desenvolvimento econômico daquele país”, exemplifica o economista.

Hoje, um único bitcoin vale cerca de $ 180 mil, mas o mestre em economia explica que é necessário ter cuidado, já que, apesar do nome, ele não é uma moeda clássica, não sendo possível comprar nada com a criptomoeda. “Ela se assemelha mais a um produto de investimento do que de uma moeda em si”.

Sobre investimentos, Luiz também pede cuidados. Ele explica que a criptomoeda se valoriza conforme aumenta a procura e por isso é algo especulativo e ninguém sabe quando aumenta ou os fatores de risco. O economista orienta para as pessoas só investirem se estiverem preparadas para eventuais perdas. “Não coloque muito dinheiro até você entender como é que funciona”, alertou.

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