A possível saída do volante Édson do Atlético Goianiense, para o futebol árabe está causando polêmica, mas não devia. Há um raciocínio prematuro que o prejuízo para o Atlético é muito grande, o que não é verdade. O time perde um dos seus principais jogadores (na minha opinião tecnicamente ele é inferior em qualidade ao Matheuzinho), mas ganha muito dinheiro por uma saída antecipada em apenas dois meses. E tem outras considerações para serem feitas.

O jogador e o Atlético assinaram um contrato e contrato não é assinado para encher gaveta e tão pouco para ser debatido. Contrato é assinado para ser cumprido. E o contrato do Atlético com o Édson foi muito tem elaborado pelo presidente do Clube Adson Batista. Tem duração entre janeiro e dezembro de 2020 – para o jogador sair, o clube interessado precisa pagar ao Atlético uma multa rescisória de US$ 300 mil, que na coração atual, significam R$ 1,6 milhões.

A conta a ser feita é de que Édson sai em dezembro (daqui 60 dias), três meses antes da Série A terminar, de graça. Ou alguém é maluco de imaginar que ao final do contrato, tendo uma proposta milionária do futebol árabe, o Édson vai reformar o com o Atlético?

O clube interessado na contratação já fez negócio com o Atlético. É o Al-Qadsiah, que levou o Jorginho por uma temporada, devolveu o atleta sem assediar para ele continuar por lá, tal qual se comprometeu com o Atlético no tempo previsto. Tanto o Atlético quanto o Jorginho ganharam muito dinheiro.

Mesmo com o prejuízo técnico que a equipe vai sofrer, a conta a ser feita é de que o Atlético está ganhando R$ 800 mil por mês pela liberação do jogador, e este é um belíssimo negócio. Sem contar que Édson que está com 29 anos, vai fazer um contrato de dois anos, ganhando o que não ganhou até hoje com 10 anos de carreira, como jogador profissional. Como negócio, a proposta é boa para as duas partes.