O âncora Wendell Pasquetto, perfeito como é no que faz, afirmou que Adson Batista tem um fã-clube na imprensa e isto é verdade. Eu estou entre os que fazem parte deste fã-clube. Deste e do fã-clube do Hailé Pinheiro e João Carneiro. Os dois últimos, de uma mesma geração, fizeram a diferença para seus clubes, Goiás e Vila Nova respectivamente.

Hailé ainda está na ativa e João Carneiro, em função da saúde, está afastado. Ambos são dignos da minha admiração pelo comportamento exemplar como dirigentes, pela competência e pelo trabalho que engrandeceu também todo o futebol goiano.

O Adson Batista é a imagem dos dois baluartes, atualizada. Inteligente, perspicaz, ousado e honesto, o Adson é o grande divisor de águas na história do Atlético. O Clube foi um antes e outro depois da chegada do Adson. De 2005 aos dias atuais, o Atlético saiu de time da segunda divisão do futebol goiano e atingiu o estágio de principal clube do futebol goiano atualmente. Isto é fruto do trabalho do Adson.

Tudo no clube passa pelo seu comando. Tudo tem de estar limpinho, organizadinho, apresentável e funcionando como precisa. É o estilo Adson Batista de ser.
Poucos que passaram pelo futebol goiano entendem de futebol como ele, poucos possuem o caráter que ele possui e foi assim que ele conquistou meu respeito e minha amizade.

Justamente por todas estas qualidades, tem coisas que não cabem no comportamento do Adson e existem palavras que não podem sair da sua boca.

Na entrevista que deu após a derrota do Atlético para o Internacional ele perdeu sua conhecida educação (mesmo quando tem de ser contundente na resposta) indo com ímpeto inacreditável para cima da repórter Nathalia Freitas, setorista do Clube, no Sistema Sagres de Comunicação, que realiza um trabalho muito profissional (tendo inclusive conquistado seu espaço dentre os melhores profissionais da imprensa esportiva de Goiás, em função da qualidade deste trabalho).

Tudo porque a Nathália teve a coragem de perguntar porque o Matheuzinho não tem oportunidade no time do Atlético. A Nathália ainda explicou que estava repassando uma pergunta de centenas de torcedores do Atlético nas redes sociais.

Ao invés de responder a pergunta ele devolveu um questionamento: “Ele entrou e você viu ele no jogo?” Aí já despejou que o jogador tem amigos na imprensa, não é o salvador da pátria.

Duas coisas precisam ser ditas para continuar esta avaliação: 1 – O Matheuzinho entrou, aos 30 minutos do segundo tempo, quando o jogo já estava 2×0 para o Internacional e o time do Atlético já estava completamente anárquico em termos de posicionamento tático; 2 – Ao ser questionada sobre a participação do Matheuzinho naquela partida, a repórter respondeu que naquele jogo não, mas que diante do Corinthians (único jogo em que começou no time titular neste Campeonato Brasileiro), no jogo contra o Fluminense (quando entrou aos 30 minutos do segundo tempo) e no jogo contra o Bragantino (quando novamente entrou aos 30 minutos do segundo tempo) o Matheuzinho foi bem.

Aí o Adson (com todo o conhecimento que tem de futebol) soltou um monte de palavras que não cabem na sua boca. Afirmou que as boas apresentações do Matheuzinho eram uma avaliação particular da repórter e que na dele a visão era outra, sugerindo que o jogador não havia ido bem nos três jogos.

Só para lembrar, no jogo contra o Corinthians foi o melhor jogador do Atlético em campo, no jogo contra o Fluminense deu a assistência para o gol do Matheus Vargas e no jogo contra o Bragantino marcou um dos gols da vitória atleticana. Se não bastasse ainda disse que o Matheuzinho não foi o salvador da pátria contra o Inter.

Esqueceu-se o meu amigo que no time titular do Atlético tinha um atleta de nome Hyuri que jogou 75 minutos e mais uma vez foi o que sempre é: peça decorativa na equipe, atrapalhando muito mais do que ajudando e que perdeu dois gols feitos que jogador de pelada não perde. Que no meio-campo do Atlético, tinham dois médios volantes se revezando em primeiro e segundo homens de meio-campo, fazendo uma partida horrorosa tanto técnica, quanto taticamente (por mais de uma vez o Matheuzinho já jogou nesta posição, com destaque). Que até o Éverton Felipe, aquele que deu o passe para o Daniel Bessa marcar o primeiro gol do Goiás, na vitória do time alviverde por dois a zero sobre o Atlético, já foi titular. O Éverton Felipe que além desta bela assistência para o adversário, nunca mais deu nenhuma assistência para ninguém no Atlético.

Respeitando o Adson como respeito, admirando como o admiro e cultivando por ele a amizade que cultivo tenho de alertá-lo que estas palavras contestando o que a realidade mostra e atitudes de agressividade com uma repórter que cobre o clube com muito profissionalismo e zelo pelo Atlético, não lhe cabem.

É o Adson quem define as coisas no Atlético. É ele quem negocia e traz recursos que têm sustentado a estruturação patrimonial invejável que o Atlético tem. É ele quem monta elencos bons, como este que o Atlético tem atualmente. É ele que arruma parceiros para a sobrevivência do Atlético. É ele que briga para que o Atlético seja respeitado como merece e é ele que luta para administrar os parcos recursos que o Clube tem e com este dinheiro reduzido, paga religiosamente em dia os salários e premiações, sem prejudicar o crescimento estrutural do Clube.

Que ele não gosta do Matheuzinho, ficou claro. Deve ter um motivo, mas não é conhecido por ninguém. Também acho que ele não seja obrigado a gostar de ninguém. Mas não tem como negar a qualidade técnica do Matheuzinho e a injustiça que é, deixá-lo no banco de reservas, o colocando em finais dos jogos.

No jogo contra o Palmeiras ele foi colocado em campo aos 45 minutos do segundo tempo: aí não tem como ser salvador da pátria mesmo. Como é ele o grande responsável pelo crescimento do Atlético como clube de futebol e é ele o gestor absoluto do Clube, usa autoridade que possui e libera o jogador para que ele siga sua carreira, sem sofrer as injustiças que tem sofrido e sem passar pelas humilhações que tem passado.

Sugiro ao meu amigo Adson Batista que reflita sobre tudo o que eu disse.