Atlético e Goiás se enfrentarão pela primeira vez neste Campeonato Brasileiro no próximo sábado (22). Cada uma das equipes já jogou três vezes, o Atlético goleou o Flamengo na estreia, por 3×0, empatou com o Sport Recife no segundo jogo em 1×1 e foi goleado pelo Internacional no jogo de quarta feira (19), por 3×0. Os dois primeiros jogos foram em casa e o último fora.

O Goiás estreou perdendo para o Athletico Paranaense por 2×1, empatou com o Palmeiras em 1×1 e perdeu para o Fortaleza, também na quarta feira (19), por 3×1. As duas primeiras partidas foram fora de casa e a última em casa.

As duas equipes não conseguiram padrão de jogo ainda e por isto revezam boas e más apresentações. Tomando como base os jogos da quarta-feira (19) quando os dois times jogaram mal, encontramos uma dificuldade muito grande em apresentar um favorito para o encontro de sábado (22). Tanto em um como no outro time houve erros grotescos dos dois treinadores.

Ney Franco escalou o time com quatro zagueiros, improvisando dois deles em posições diferentes, o Luiz Gustavo no meio-campo e o Heron na ala esquerda, com o meio-campista Breno no banco de reservas e os alas esquerdas Caju e Jefferson também no banco de reservas. Depois que a vaca foi para o brejo, ele colocou o Jefferson no jogo e este, inclusive marcou o gol de honra do Goiás contra o Fortaleza.

Por sua parte o técnico Vagner Mancini do Atlético escalou um time competitivo e bem esquematizado para enfrentar o Internacional. Fez um ótimo primeiro tempo, tendo criado quatro chances para fazer o gol (numa delas fez, com Matheuzinho, mas o VAR anulou alegando impedimento).

O primeiro tempo terminou 0x0 e no início do segundo tempo o Atlético tomou o primeiro gol. Logo a seguir o Inter teve expulso o atacante Pottker, após agressão ao volante Edson e aí iniciou uma série de equívocos do técnico atleticano. Vagner Mancini tirou o Moacir que atuava com perfeição na ala direita e passou o Marlon Freitas que não tem nenhum conhecimento da posição para atuar no setor e por ali o Inter chegou ao segundo gol.

Ao tirar o Marlon Freitas do meio-campo, ele desmontou o eficiente sistema de marcação. Insistiu com dois jogadores que estavam decorando o time em campo, com atuações abaixo da aceitável, Éverton Felipe e Hyuri, e tirou do jogo os dois melhores jogadores da equipe, Jorginho e Matheuzinho.

Entraram Chico, Matheus Vargas, Vitor Leque e depois quando viu que o Hyuri estava atrapalhando o time, ele colocou o Júnior Brandão no jogo. Enquanto isto o Internacional foi aproveitando da falta de atenção do técnico Vagner Mancini e foi jogando futebol. Ao final o jogo terminou 3×0 para o time gaúcho.

Diante de tantos equívocos dos dois treinadores, nos dois jogos de quarta-feira (19) e da variação de boas e más apresentações, o critério fica completamente abstrato, para apontar o favorito para vencer o clássico. Nem a melhor pontuação do Atlético no Brasileiro da Série A, com quatro pontos, contra um do Goiás, dá para apontar o rubro-negro como favorito.

Observando a boa lógica a única afirmação possível para o analista é de que o técnico que fizer menos lambanças, dará ao seu time a vitória. Este é aquele jogo que qualquer placar é aceitável, inclusive goleada para um dos lados.