A reunião ministerial de Desenvolvimento do G20 selou um acordo com um conjunto de ações para garantir o acesso integral à água potável e universalizar saneamento básico. O encontro, que começou nesta segunda (22), no Galpão da Cidadania, no Rio de Janeiro. A reunião teve copresidência dos ministros brasileiros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, das Cidades, Jader Barbalho Filho, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Barbalho estimou que, para universalizar saneamento à população, é preciso investimento de US$ 100 bilhões, o que representa cerca de R$ 557 bilhões. “Se queremos alcançar as metas para assegurar o uso eficiente da água e saneamento a todos, é preciso mobilizar recursos financeiros. A batalha será longa”, disse. Na abertura, Vieira destacou a importância do saneamento básico no país para atingir as metas de desenvolvimento sustentável. Ele agradeceu o esforço dos países do G20 para fechar o acordo com as propostas para ações na área.
“O Brasil tem uma das maiores reservas de água potável do mundo. Precisamos preservar nossos recursos hídricos. Investir em saneamento é investir em saúde. O desenvolvimento sustentável está diretamente vinculado à gestão eficiente dos recursos hídricos”, defendeu. Para Vieira, é preciso implementar ações para o uso sustentável dos recursos que precisam ser coordenadas entre governo, empresas e sociedade.

Universalizar saneamento
“Levar água potável a 99% da população, bem como coleta de esgoto a 90% da população até 2033. Todos precisam trabalhar juntos”, afirmou Carlos Vieira, sobre universalizar o saneamento. Ele destacou também o alcance da igualdade racial na sociedade brasileira.
Definição
A declaração conjunta ministerial do G20 para reduzir as desigualdades menciona o esforço para universalizar o saneamento. “Os desafios e as crises, como a pandemia da COVID-19, a mudança climática e a desaceleração econômica afetam desproporcionalmente as pessoas que vivem na pobreza e em situações de vulnerabilidade e nos países em desenvolvimento”.

Medidas
Por isso, o documento reafirma o “compromisso de acelerar a implementação plena e eficaz da Agenda 2030. Inclusive abordando especificamente os impulsionadores da desigualdade e priorizando sua redução em todas as suas formas e dimensões. Não deixando ninguém para trás”.
Demanda
Simone Tebet disse que o país ainda tem 32 milhões de pessoas sem água tratada e 90 milhões sem tratamento de esgoto. Ao citar dados da ONU, ela disse ainda que há 2,2 bilhões de pessoas sem acesso à água tratada e 3,5 bilhões sem saneamento básico. “Esse é o tamanho do nosso desafio. É preciso segurança hídrica e acesso ao saneamento básico. A falta de acesso é um elemento central para o desenvolvimento sustentável. É urgente unir esforços para diminuir essa triste realidade”, disse ao defender universalizar o saneamento.
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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar; ODS 06 – Água Potável e Saneamento; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.