A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é que o Brasil registre mais de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero por ano até 2025. A doença é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Por isso, os profissionais da saúde reforçam que os exames de prevenção são a melhor forma de evitar o câncer.

Estamos em meio a campanha Março Lilás, mês de conscientização sobre a prevenção contra o câncer do colo do útero. A doença surge principalmente, em 99% dos casos, através do Papilomavírus Humano (HPV). Desta forma, então, a médica ginecologista, oncológica e mastologista do Centro de Oncologia IHG, Larissa Cunha Morais, frisa a importância de notar os primeiros sinais.

“Por ser considerado um tumor silencioso, muitas vezes os sinais e sintomas só surgem em cenário de doença avançada, além de não existirem sintomas precisos em relação à doença, já que alguns sinais também estão relacionados a outras doenças ginecológicas”, disse.

Prevenção

O câncer de colo do útero é evitável. Mas para isso é importante estar atento aos sinais da doença. O diagnóstico ocorre por exames de rotina, sendo o principal deles, o Papanicolau. Entre os principais sintomas estão: corrimento persistente, constante dor abdominal, sangramento vaginal irregular,  cansaço excessivo, inchaço nas pernas e dor em locais como pernas, quadris e costas.

Apesar da campanha ocorrer em março, Larissa Cunha ressaltou que os cuidados devem prosseguir o ano inteiro. “O exame deve ser realizado em mulheres na idade de 25 a 64 anos que já tiveram relações sexuais”, orientou. Além do exame de rotina, no Brasil, a vacina contra o HPV é aplicada em meninas de 9 a 14 anos no Sistema Único de Saúde (SUS), mas também em pacientes de 9 a 45 anos no serviço particular. 

Vacina

Dados do Ministério da Saúde indicam que 77,37% das meninas público-alvo da vacina tomaram a primeira dose em 2022 e que a cobertura aumentou em 30% no país em 2023. Então, o oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago, também do Centro de Oncologia IHG, explicou que a vacina é eficaz para prevenir a doença.

“Se aderida corretamente, a vacina é capaz de prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais. No entanto, a imunização não tem eficácia para quem já desenvolveu a doença”, alerta. No caso de mulheres que desenvolveram a doença, a alternativa é o tratamento medicamentoso, que inclui quimioterapia, radioterapia e em alguns casos o procedimento cirúrgico.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 3 – Saúde e Bem-estar.

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