O deputado estadual Bruno Peixoto (MDB), líder da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, anunciou a apresentação de uma emenda articulada por parlamentares da base governista, que visa destinar mais de R$ 50 milhões para a Universidade Estadual de Goiás. O recurso será incrementado na lei orçamentária para 2021 que começou a ser deliberada pelos parlamentares durante convocação extra.

O projeto previa a verba de 250 milhões para UEG, professores da Universidade realizaram uma manifestação contra a redução do orçamento da instituição, com o objetivo de recuperar os 2% da receita destinada a Universidade antigamente e foi cortada no ano passado.

O deputado Carlos Cabral (PDT) apresentou um projeto nesse sentido, uma emenda que será discutida hoje na Comissão de Finanças. Em entrevista ao Sagres Sinal Aberto I desta terça-feira (19), Bruno Peixoto (MDB) explicou os detalhes da alteração no orçamento da UEG.

“Os 2% foram alterados na Constituição Estadual e não no orçamento. Em relação a Constituição Estadual, os 2% destinados a UEG eram do orçamento, porém, tira-se o DRE, que é o recurso do estado, tira-se 30% que reduz o valos de 2%, porque o que não tira essa desvinculação da receita estadual são somente os recursos constitucionais, saúde, educação e poderes. Desses não tiram o DRE. Hoje 1,5% dentro da educação que não é desvinculação da receita do estado, ou seja, é o valor integral, representa um valor próximo ao proposto”, frisou.

“Em 2020 foi gasto e pago, ou seja, empenhado e liquidado, R$ 236 milhões e em 2019 o valor foi um pouco maior. O que eu quero dizer com isso? Todos nós sabemos que o orçamento é uma peça que reflete uma projeção para o ano em exercício. Nós estamos colocando R$ 301 milhões, a base do governador Ronaldo Caiado, com a anuência dele, apresentou uma emenda no valos de R$ 50 milhões, saindo de R$ 251 para R$ 301 milhões. Mas se houver a necessidade esse valor pode ser suplementado sem nenhum prejuízo a nossa Universidade”, concluiu.

Os professores alegam que a UEG está carente de todo tipo de investimento, manutenção, reformas, falta de professores e dificuldades para manter alguns cursos. A Universidade está passando por uma intervenção e de acordo com os professores não autonomia para gerir a instituição.

“Em governos anteriores fazia-se peças fictícias, distante da realidade, nós estamos trabalhando tentando aproximar da realidade todos os custos. O reitor foi eleito, o governador não faz hora nenhuma imposições a gestão, o dinheiro disponível foi superior a R$ 280 milhões no orçamento e foram empenhados e pagos R$ 236 milhões, nós estamos colocando um acréscimo de 20%, com R$ 301 milhões, a gestão da UEG é independente. Houve uma redução dos investimentos da Universidade por parte da sua gestão e não por parte do governo do estado de Goiás”, afirmou Bruno Peixoto.

Após a intervenção o reitor da UEG foi nomeado pelo governo e eleição que poderia eleger um novo reitor do forma direta, foi adiada e ainda não tem data para ser realizada.

“Houve uma intervenção, inclusive por sugestão do poder judiciário, em virtude de supostos desvios do antigo reitor. A gestão financeira é sim vinculada a educação, porém a independência se mantem (…). O nome sugerido (do reitor interino) tem uma aprovação, ele passa pelo conselho, tem uma votação… Ele tem autonomia e independência. Agora a eleição direta que nós queremos, é um outro debate”, salientou Bruno Peixoto.